Nova Esperança celebra 72 anos de história, desenvolvimento e diversidade cultural
Na noite desta sexta-feira (13) a dupla Fernando e Sorocaba sobe ao palco na Praça Noboru Yamamoto – próximo ao centro de eventos, celebrando os 72 anos de Nova Esperança com muita música e emoção.
Neste sábado, 14 de dezembro, o município de Nova Esperança completa 72 anos de sua emancipação política, uma trajetória marcada por histórias de luta, integração e progresso. Localizado na região noroeste do Paraná, o município tornou-se símbolo de diversidade cultural e desenvolvimento econômico, sendo reconhecida como a "Capital Nacional da Seda".
Os primórdios: de Capelinha a Nova Esperança
Antes de seu povoamento, a região era passagem para tropeiros e viajantes que cruzavam o sertão rumo aos campos de Guarapuava e Palmas. O nome "Capelinha" surgiu com a construção de uma pequena capela às margens do Rio Biguá, obra dos funcionários de uma empresa de levantamento topográfico que operou na área em 1926. Posteriormente, a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná assumiu os trabalhos de colonização em 1946, promovendo a mediação e a demarcação que culminariam na formação de uma cidade.
Foi nesse cenário que José Xavier de Barros e sua esposa Benedita abriram uma hospedaria para atender aos tropeiros e boiadeiros, incentivando o fluxo migratório que fez o povoado crescer rapidamente. Em 1951, Capelinha foi elevada à categoria de município, recebendo o nome "Nova Esperança", em razão de já existir outro município homônimo na Bahia. A sugestão, feita pelo deputado Francisco Silveira Rocha, simbolizava esperança no futuro e dias melhores.
A instalação oficial e o desenvolvimento inicial
A oficialização do município ocorreu em 14 de dezembro de 1952, com a posse do primeiro prefeito, Dr. José Teixeira da Silveira, e dos vereadores eleitos. Dois anos depois, a instalação da Comarca de Nova Esperança trouxe maior autonomia administrativa e jurídica.
Na década de 1950, o café, conhecido como "ouro verde", foi o grande motor da economia local, impulsionado pelo clima favorável e solos férteis. A influência da cultura cafeeira é refletida até hoje na denominação da Praça Mello Palheta, em homenagem ao introdutor do café no Brasil.
A diversidade que molda Nova Esperança
Com o tempo, a cidade acolheu migrantes de diversas etnias, como italianos, japoneses e alemães, que trouxeram suas culturas e tradições, fortalecendo o espírito acolhedor da cidade. A agricultura diversificada, que passou da sericicultura à produção de laranja, uva e mandioca, consolidou a economia, que também conta com atividades pecuárias e industriais.
Recursos naturais e legado cultural
Nova Esperança também se destaca por seus recursos hídricos, com lotes localizados próximos a córregos e ribeirões, como o Caxangá, Piúna e Esperança. Esses recursos são fundamentais para o equilíbrio ambiental e para a atividade agrícola.
Atualmente, a cidade preserva seu legado histórico e cultural, ao mesmo tempo que avança na modernização. O título de "Capital Nacional da Seda" reflete o pioneirismo e a relevância da produção local no cenário nacional.
Comemorações e futuro promissor
A celebração dos 72 anos inclui um grandioso show da dupla sertaneja Fernando e Sorocaba, nesta sexta-feira, 13 de dezembro, na Praça Noboru Yamamoto, integrando a população em um momento de festa e união.
Nova Esperança segue como um exemplo de como a união entre história, diversidade cultural e desenvolvimento econômico pode criar uma comunidade próspera e acolhedora, reafirmando seu nome como símbolo de esperança para o futuro.