Brincadeiras em família fortalecem laços afetivos
Atividades feitas entre pais e filhos ajudam na construção da segurança e autoestima nas crianças
A atividade física e as brincadeiras longe das telas são hábitos importantes, que devem ser ensinados e cultivados desde cedo, pois elas promovem a saúde física e mental, ajudam a prevenir doenças, contribuem para o crescimento saudável dos músculos e dos ossos, estimulam a coordenação motora e ajudam a melhorar o equilíbrio.
“O mundo de hoje está muito sedentário para as crianças. A modernidade - no que diz respeito à tecnologia, aos jogos de computador e celulares – está presente nas rotinas diárias e faz com que a gente tenha pouco tempo ao ar livre ou pratique poucas atividades e brincadeiras juntos com os pais. Para algumas famílias, o exercício físico e as recreações ficam restritos apenas à escola”, explica José Eduardo Segala, professor de Educação Física do Centro Universitário Integrado, instituição de ensino superior que oferecerá o curso de forma semipresencial a partir de 2023.
Prática em família
Quando praticadas entre pais e filhos, as atividades reforçam os laços familiares, ajudam na manutenção do condicionamento físico de adultos e crianças e auxiliam no desenvolvimento mental dos pequenos.
“Os exercícios ajudam as crianças a gastarem energia. Isso melhora a qualidade do sono e a concentração no dia seguinte. Quando recebem a atenção dos pais, o lado emocional e afetivo das crianças melhora e elas sentem mais segurança, autoconfiança e autoestima. Isso é fundamental para a afetividade na família”, destaca Segala.
Pensando nessa proximidade e convívio saudável, o professor de Educação Física sugere algumas atividades para serem feitas em família.
1. Jogos com bola (futebol, vôlei, basquete, entre outros). A prática do esporte auxilia no aumento da capacidade cardiorrespiratória e potência aeróbica. O esporte também fortalece a musculatura, especificamente da coluna e das pernas.
2. Amarelinha, pega-pega e esconde-esconde. Ajuda no equilíbrio, no controle e no ritmo corporal. A brincadeira ajuda na saúde cerebral e no desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Ao mesmo tempo, exige concentração e autocontrole na hora de pegar a pedrinha.
3. Caminhar, correr, pedalar e subir escadas. Essas atividades ajudam a regular os níveis de colesterol no corpo. Elas agem tanto na diminuição na produção de gorduras ruins ao organismo - que têm mais facilidade de se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos e por isso causam derrames e infartos – quanto no aumento na produção de HDL, mais conhecido como colesterol bom.
4. Natação. Ajuda a melhorar a postura e a coordenação motora, promove a socialização e auxilia no controle do peso corporal. Também fortalece a musculatura e contribui com a flexibilidade do corpo.
5. Andar de bicicleta. Além da diversão, o exercício ajuda no emagrecimento e nas articulações, melhora o tônus muscular, gera sensação de bem-estar, aumenta o fôlego, reduz o colesterol e auxilia na pressão arterial.
6. Dançar. O exercício estimula o cérebro e a memória, ajuda no combate à depressão, melhora a postura, tonifica os músculos, favorece a perda de calorias, ajuda no condicionamento físico, aumenta o fluxo sanguíneo e melhora a saúde do sistema cardiovascular.
7. Passear com os animais de estimação. O passeio com os bichinhos é um bom exercício para você e para ele, pois ajuda a manter o peso adequado e ajuda a evitar a obesidade para ambos. O exercício dessa caminhada vai deixar o pet mais calmo, menos agressivo e o dono mais tranquilo.
8. Cuidar do quintal. Cuidar do jardim e nutrir plantas aumenta o nível de bem-estar. Também contribui para a boa forma, pois a jardinagem também é um tipo de exercício físico. Atividades como capinar, cavar, cortar grama e remover ervas daninhas queimam cerca de 650 calorias e ajudam na qualidade do sono.
“Para todas essas atividades é fundamental usar o protetor solar, ingerir bastante água e ficar sempre de olho nas crianças. Existem diversas ações que a família pode fazer em conjunto e isso vai trazer experiências motoras e sensoriais aos pequenos”, destaca José Eduardo Segala.
Além disso, o professor enfatiza que a prática dessas atividades na família ajuda a construir a base do pensamento cognitivo – que é a capacidade de adquirir conhecimento e desenvolver emoções, tendo como base o raciocínio, a linguagem e a memória, a tomada de decisões dentre outros.