Suicídio e redes sociais: empreendedor e especialista Aldrin Nery fala sobre responsabilidade dos usuários na prevenção deste mal
Analista afirma que apesar dos inúmeros benefícios que a internet oferece, há sempre a necessidade de avaliar a forma como a consumimos e como interagimos com as outras pessoas através dela.
Dez de setembro é marcado como o dia da prevenção do suicídio. Como parte dos eventos do Setembro Amarelo, a data visa conscientizar sobre a importância de se falar sobre esse mal, de se discutir suas causas e, principalmente, de ajudar a quem está passando por problemas e pensa em tirar a própria vida.
Atualmente, com o avanço da tecnologia e o uso frequente da internet como parte da nossa rotina, surge também a preocupação de como as redes sociais e demais plataformas virtuais contribuem ou não para a prevenção do suicídio.
“As pessoas estão se expondo mais na internet e, ao mesmo tempo, em busca de mais exposição de famosos e celebridades. Queremos saber tudo que se passa com as pessoas, em seus relacionamentos, trabalho, vida pessoal. Se algo vai mal, queremos saber o motivo, se estão felizes, vamos em busca da razão. Essa exposição pode trazer consequências sérias, inclusive nos aspectos psicológicos”, alerta o empreendedor e CEO da agência de marketing A5Mídias, Aldrin Nery.
“Ao olharmos para as nossas vidas e a forma como lidamos com as redes sociais, devemos nos questionar: o que posto, o que revelo para as outras pessoas faz com que eu me sinta bem?”, completa.
Para o especialista, apesar dos inúmeros benefícios que a internet oferece, há sempre a necessidade de avaliar a forma como a consumimos e como interagimos com as outras pessoas através dela. “O mundo online é fantástico e cheio de possibilidades, mas a boa conduta que devemos ter nele é primordial para nossa saúde física, mental e social”, pontua.
“Quando falamos em suicídio, devemos ter consciência do papel que temos como agentes na propagação e na prevenção dele, cuidando do que postamos sobre nós e sobre os outros”, completa.