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Sabor de Nova Esperança nos Estados Unidos


Por: José Antônio Costa
Data: 27/03/2024
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No final da década de 90, início dos anos 2000, muitos brasileiros deixaram o país rumo aos Estados Unidos em busca do sonho americano. Isso foi o que aconteceu com a família Orlandelli, que há 22 anos deixou Nova Esperança-Pr, e passou a viver na cidade de Hyannis, localizada na península Cape Cod a menos de duas horas de Boston, cidade mais populosa do estado norte-americano de Massachusetts.

Mesmo distantes, as lembranças do país de origem permanecem vivas na memória. E o que dizer dos cheiros e sabores de produtos brasileiros? Especialistas já confirmaram que a memória olfativa é uma das mais duradouras, ultrapassando a capacidade da visão e da audição de reter referências.

Viver nos Estados Unidos impõe alguns desafios em relação a alimentos que são típicos dos brasileiros, a exemplo do açaí, farofa, pastel de feira, paçoca, maracujá, dentre outros tantos sabores que são encontrados por aqui.

A surpresa com sabor de Nova Esperança aconteceu no início de fevereiro, quando a família Orlandelli foi até o mercado “Vitória Brazilian Meat Market”, localizado em Hyannis e com produtos de origem brasileira. Entre um item e outro, Carlos encontrou nas gôndolas o Bolachão Artesanal fabricado pela Bolamel de Nova Esperança-PR.

“Para nossa surpresa fomos ao mercado brasileiro e o que encontramos lá? Em meio muitos produtos do Brasil. Encontramos a nossa deliciosa bolacha de mel da Bolamel. Meu esposo ficou tão feliz que comprou e nossos netos amaram”, comentou emocionada Zenaide Orlandelli.

O pequeno Lucca, filho de pais brasileiros degustando com muita alegria a bolacha de uma empresa 100% brasileira – Bolamel de Nova Esperança diretamente dos Estados Unidos - (Foto: Família Orlandelli)

E acrescentou, “estamos há tantos anos fora, pode parecer algo insignificante, porém é muito gratificante encontrar um produto de nossa cidade. Depois ficamos sabendo que essa foi a primeira remessa dos produtos para os Estados Unidos, então a nossa alegria foi maior, pois um brasileiro, nova-esperancense, comprando produto da sua cidade, sentindo o cheiro e o sabor que nos traz boas lembranças. Literalmente parece um pedacinho de Nova Esperança aqui nos Estados Unidos”, disse Zenaide.

A ciência esclarece que a intensa conexão entre o cérebro e o olfato gera recordações imediatas e involuntárias.  A neurocirurgiã Michelle Nuback, da Aliança Instituto de Oncologia, explica que o nosso olfato está diretamente ligado ao sistema límbico – parte do cérebro onde se concentram as memórias e local de onde surgem as emoções. Por isso, ao sentir um determinado cheiro, as lembranças são ativadas.

Nova-esperancenses Carlos Roberto Orlandelli (ao centro), esposa Zenaide, filho, filha, genro, nora e netos residem nos Estados Unidos - (Foto: Soraia Ranye – Fotógrafa)

A especialista ainda ensina o porquê de os cheiros serem um gatilho mais forte para lembranças quando comparados à visão. “O bulbo olfativo, responsável por processar os aromas, está em uma região do cérebro mais próxima do local onde são acionadas as memórias e emoções”, conclui.


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