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Mary Poppins


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 21/12/2018
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Com a proximidade do Natal, a Disney lança seu último grande filme do ano e a Coluna Sétima Arte também desponta com seu último texto de 2018.  Cinquenta e quatro anos após seu grande lançamento e carregando o peso de cinco Oscars, Mary Poppins volta às telonas esbanjando nostalgia. Sobre essa aguardada sequência você fica muito bem informado nessa edição.

O ano era 1964 e o público e a crítica se rendiam àquele que seria um dos maiores musicais do cinema de todos os tempos. A história de uma babá mágica, trazida pelo vento e capaz de transformar a família de um rígido banqueiro de Londres encantou o mundo e embalou gerações através de décadas.

Essa obra foi capaz de consagrar Julie Andrews como uma das melhores atrizes de todos os tempos, rendendo-lhe um Oscar de Melhor Atriz e revolucionou a arte dos efeitos visuais e da edição cinematográfica ao mesclar humanos e desenhos animados. Por essas e outras razões o clássico Mary Poppins se manteve intocado por décadas, até esse momento, pois ontem, a Disney resolveu revisitar seu grande sucesso e apresentou ao público O Retorno de Mary Poppins.

Como toda e qualquer sequência, o filme não propõe grandes novidades, mas convenhamos, após cinquenta e quatro anos, a última coisa que o público deseja é novidade, pelo contrário, o que todos esperam é uma obra fiel ao primeiro filme tão amado.

Quando essa sequência foi anunciada o maior medo de todos os fãs, e também da crítica, era que a atualização do filme inserisse Mary Poppins na realidade do século XXI, em meio a celulares e a trivialidades de nossa época, mas para a surpresa de muitos, o filme revisita a magia típica do primeiro filme e desenvolve sua trama na Londres dos anos 1930, em plena depressão. O fato de ser um filme de época já impõe todo um clima especial, que somado às mensagens atemporais, desperta logo de cara a nostalgia daqueles que cresceram vendo Mary Poppins.

A direção ficou por conta de Rob Marshall, que tem muita experiência em musicais, pois ele foi indicado ao Oscar de Melhor Direção pelo  filme Chicago, de 2002. Marshall impôs a seu filme todo o respeito que a história clássica de Pamela Lyndon Travers merece, além de fazer uma homenagem digna do antecessor, mantendo sua obra no mesmo nível de qualidade e encantamento.

 A principal estrela do elenco é Emily Blunt, que encarna uma Mary Poppins tão cativante e intrigante quanto aquela interpretada por Julie Andrews. Ela esbanjou talento ao levar ao público uma personagem forte, cheia de personalidade e com uma sagacidade impar. Sua química é perfeita em cena com Lin-Manuel Miranda, que interpreta o aprendiz de Bert, papel de Dick Van Dyke no clássico, que inclusive é o único ator do filme de 1964 a estar nessa sequência. Além disso, o filme conta com uma participação muito especial de Meryl Streep, uma das grandes atrizes do cinema na atualidade. Ela faz uma pequena ponta numa das sequências musicais, dando ainda mais peso a O Retorno de Mary Poppins.

Vamos à trama! Na Londres abalada pela Grande Depressão, vinte cinco anos após sua primeira aparição, Mary Poppins (Emily Blunt) desce dos céus novamente com seu novo e fiel amigo Jack (Lin-Manuel Miranda) para ajudar Michael (Ben Whishaw) e Jane Banks (Emily Mortimer), que agora são adultos trabalhadores e que sofreram uma perda pessoal irreparável. As crianças Annabel (Pixie Davies), Georgie (Joel Dawson) e John (Nathanael Saleh) vivem com os pais na mesma casa em que viviam seus avós e precisam da babá enigmática e do acendedor de lampiões otimista para trazer alegria e magia de volta para suas vidas.

Por que ver esse filme? Primeiro, porque é um clássico, mas não apenas por isso, porque ele é um tipo de filme que já não se faz mais, cheio de inocência, magia e otimismo. Como continuação da primeira história, ele dá um sentido novo à vida dos Banks e desperta no público valores que são atemporais. Se você for ver o filme no fim de semana, prepare-se antes, pois ele deve ser visto pelos adultos com um olhar diferente, o olhar das crianças. Fazer isso vai ajuda-lo a aproveitar muito mais essa história. Além disso, divirta-se com a gostosa nostalgia que o filme é capaz de  proporcionar. Boa sessão!

 

 

 

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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