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Dengue avança e Alto Paraná enfrenta risco de epidemia da doença


Por: Alex Fernandes França
Data: 11/10/2019
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Número elevado de criadouros encontrados nas residências é preocupante. “O morador precisa se conscientizar, pois o combate Aedes aegypti, que transmite dengue, Zika e Chikungunya depende de todos”, frisou a Secretária de Saúde Liliane Borges.

As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti passaram a ser permanentes e tratadas como prioridade no município de Alto Paraná que está enfrentando riscos de surto e epidemia de dengue.

A Secretária de Saúde Liliane Borges alerta para os riscos e salientou. “O combate ao mosquito transmissor deve envolver todos os setores da administração pública e conscientização da população, pois um pequenino mosquito não pode derrotar uma cidade inteira. É uma grande batalha que envolve combate e conscientização, desde os alunos até a família que precisa adotar novos hábitos e passar por uma mudança cultural. O prefeito colocou toda a Prefeitura à disposição e o trabalho está sendo feito de forma intensa”, explicou.  

A coisa é séria e a dengue voltou com força. “Nossa preocupação é que a dengue não vem sozinha. O mosquito transmite a Zika que ocasiona má formação dos fetos das gestantes (microcefalia), também gera a febre chikungunya, que retira as pessoas do mercado de trabalho, aumentando o número de atestados médicos e isso preocupa inclusive a Associação Comercial, a qual foi procurada por nós”, alertou a Secretária de Saúde. O Aedes aegypti pode ser identificado pela cor escura e listras brancas no corpo e pernas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o ciclo do Aedes Aegypti ocorre em quatro fases: ovo, larva, pupa (casulo) e nascimento do mosquito adulto. Os ovos do mosquito podem resistir por mais de um ano sem eclodirem e são depositados pela fêmea em ambientes úmidos e quentes, como garrafas vazias, pneus, calhas e caixas d’água descobertas.

Quando encontrado, o foco é imediatamente destruído pelos Agentes Comunitários de Saúde ou de Combate a Endemias que também orientam os moradores acerca dos cuidados a serem tomados.  O mosquito Aedes aegypti se reproduz também em lixo abandonado em terrenos baldios, garrafas, bebedouros de animais ou objetos abandonados em quintais. “Todos precisam se envolver para não perdermos a batalha para o mosquito. Ao mesmo tempo em que realizamos nossas ações de combate, as escolas estão trabalhando com os alunos no sentido de estabelecer uma nova forma de pensar e agir”, finalizou Liliane Borges. 

Os sintomas da dengue são febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Somente este ano em Alto Paraná foram 152 casos notificados sendo destes 37 confirmados, 104 negativados, 02 pendentes de análises, 03 inconclusivos e 06 não realizados. 

Alex Fernandes França


Anuncie com Jornal Noroeste
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