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Câncer de colo de útero: campanha alerta para a importância do diagnóstico precoce


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 15/01/2021
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Marcela Güther.

Especial para o JN

Neste mês, a campanha “Janeiro Verde-Piscina” se dedica à conscientização sobre o câncer de colo de útero, doença que mata mais de 300 mil mulheres por ano no mundo e que, no Brasil, atinge mais de 16 mil mulheres no período, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). 

 Segundo Lucas Sant'Ana, médico oncologista trata-se do terceiro tipo de câncer mais prevalente entre a população feminina, acometendo, principalmente, mulheres com menos de 50 anos. Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, esse tumor maligno está atrás apenas do câncer de mama e do colorretal nesta mesma estatística. Também é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. 

 Uma das mulheres atingidas e que trouxe à tona o tema foi a apresentadora Fátima Bernardes, de 58 anos, da TV Globo, que descobriu a doença em estágio inicial e conseguiu tratá-la por meio de intervenção cirúrgica. Alterações deste tipo são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou ou Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica deste exame, uma vez que a detecção precoce aumenta as chances de cura.

 Segundo o oncologista, o vírus HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano), é o principal fator associado ao aparecimento do câncer de colo uterino. “A transmissão se dá pela via sexual, o que explica por que a maioria dos casos ocorre durante a vida sexual ativa. Pelo mesmo motivo, pacientes com número elevado de parceiros sexuais têm maior probabilidade de adquirir o vírus e desenvolver o câncer de colo de útero”, alerta o profissional. Outros fatores, como tabagismo, imunossupressão, HIV positivo e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais também podem estar associados. 

 O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Quando se desenvolve, os principais sintomas relacionados ao câncer de colo de útero são sangramento vaginal, principalmente durante as relações sexuais, sensação de peso e dor na região da bacia, dor pélvica, sintomas urinários e retais, e secreção vaginal de odor desagradável. A extensão da doença no útero pode levar, de acordo com Sant'Ana, a complicações como dor, infecções e infertilidade. Outros órgãos, adjacentes ou não ao colo do útero, podem ser atingidos. 

Prevenção é primordial

O tratamento do câncer de colo de útero depende do estágio no qual a doença se encontra, por isso a importância de ações preventivas para o diagnóstico precoce. Para estágios iniciais, a cirurgia costuma ser curativa. Nos mais avançados, pode haver necessidade de radioterapia e/ou quimioterapia. “O diagnóstico precoce de lesões pré-malignas pode diminuir a possibilidade de que o câncer apareça, já que é possível tratá-las em fase mais inicial”, explica o especialista. 

 Os principais métodos de prevenção são o uso de preservativo sexual, a realização periódica do exame ginecológico Papanicolaou e a vacinação. “Existem duas vacinas disponíveis para combater o HPV. O ideal é que meninas sejam vacinadas antes do início da vida sexual”, detalha. “A limitação dessas vacinas é que elas não previnem todas as infecções pelo HPV, assim como nem todos os cânceres do colo uterino são associados à infecção por esses vírus”, ressalta o médico. Por isso, o exame do Papanicolaou, voltado para rastrear alterações nas células do colo do útero, é recomendável mesmo em mulheres vacinadas.

 “O Papanicolaou é uma das maiores armas da medicina para identificar esse tipo de enfermidade, inclusive infecções pelo HPV, que podem ser tratadas antes que se transformem em câncer”, enfatiza o oncologista. Em algumas ocasiões, segundo ele, o exame poderá ser complementado com a colposcopia, procedimento que possibilita melhor visualização dos tecidos da vagina e do colo. A recomendação é que as mulheres devem fazer o exame três anos após a primeira relação sexual e anualmente a partir de então. Mulheres que não tiveram relação sexual até os 18 anos devem fazer o Papanicolaou, anualmente, a partir dos 21 anos. 


Anuncie com Jornal Noroeste
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