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Aneurismas não são apenas cerebrais


Por: Assessoria de Imprensa
Data: 12/12/2022
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Outros tipos como aneurisma de aorta torácica e abdominal estão entre os mais comuns na população 

Quando o assunto é aneurisma, a maioria das pessoas faz uma associação somente com os problemas nas artérias intracranianas, mas o que muita gente desconhece é que além do cerebral, existem outros tipos de aneurismas, como os de aorta torácica e aorta abdominal. Esse último, inclusive, está entre os de maior incidência na população mundial, mas boa parte das pessoas desconhece, em razão da ausência dos sintomas. 

A aorta é a principal artéria do corpo e é responsável pela distribuição de sangue para todos os órgãos e membros. Dela, se originam os vasos circulatórios que irrigam o cérebro, os órgãos do abdome, braços e pernas. O aneurisma de aorta acontece quando há uma dilatação desse vaso maior que 50% do seu diâmetro normal e com o passar do tempo, ele pode se romper causando uma grande hemorragia interna, levando à morte em até 90% dos casos.   

O médico e especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, Dr. Marco Lourenço, fala sobre os principais fatores que impulsionam o desenvolvimento da doença. “O tabagismo, principalmente em conjunto com a hipertensão arterial e histórico familiar de aneurisma de aorta elevam as probabilidades. Quem tem o hábito de fumar, tem um risco em torno de sete vezes a mais de desenvolver a doença”, conta o profissional. 

Outros fatores como sedentarismo, obesidade e colesterol alto não predispõem diretamente o desenvolvimento do aneurisma de aorta, mas aceleram o envelhecimento da circulação, levando a diversos outros problemas. Enquanto nos homens o aneurisma de aorta aparece depois dos 60 anos, nas mulheres ocorre mais tarde, geralmente após 70 anos. Mas apesar de tardio, o risco de ruptura no caso delas é maior. “Após a ruptura, os pacientes que conseguem chegar ao hospital acabam tendo um risco de 50% de falecer durante a cirurgia”, informa o especialista. 

Para identificar a doença de forma precoce, é importante realizar avaliações periódicas com um cirurgião vascular, principalmente os grupos com fatores elevados de risco mencionados anteriormente. Se o aneurisma de aorta for detectado e não houver necessidade de uma intervenção naquele momento do diagnóstico, é necessário ter um acompanhamento a cada 6 meses para realizar uma ecografia vascular (Eco doppler de aorta). 

Não existe um medicamento específico para a doença. Após o diagnóstico positivo, o tratamento vai depender dos sintomas relacionados ao aneurisma, além de seu formato e diâmetro. Pode ser realizada uma cirurgia tradicional, ou por métodos menos invasivos, a chamada cirurgia endovascular, com implante de endopróteses.

 “Hoje em dia os tratamentos dos aneurismas de aorta são muito menos arriscados, com técnicas seguras e com recuperação mais rápida para as atividades do dia a dia. Isto se dá ao fato de a tecnologia ter melhorado muito os dispositivos que corrigem os aneurismas”, explica o médico. 

Mesmo com a correção do aneurisma pelos processos cirúrgicos, será sempre necessária uma vigilância do tratamento para verificar se não ocorrerá algum problema com a endoprótese, ou prótese, e se não acontecerá um desenvolvimento de outro aneurisma. Quem tem aneurisma em um local, tem uma predisposição para desenvolver outros aneurismas em outras regiões do corpo. 

A relação da doença com o hábito de fumar não está relacionada apenas ao tabaco. Dr. Marco Lourenço faz um importante alerta, principalmente para os que utilizam cigarros eletrônicos e acham que eles são inofensivos à saúde. “Não existe um trabalho que aponte essa correlação com a doença, mas é sabido que a exposição à nicotina, mesmo sendo utilizada por meio dos cigarros eletrônicos, pode influenciar no desenvolvimento e aparecimento de aneurisma de aorta”, finaliza o especialista. 

 

Sobre o Dr. Marco Lourenço | https://marcolourenco.com.br

Dr. Marco Lourenço (foto) é Especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) e Associação Médica Brasileira (AMB), registrado no Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM PR) e Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). 

É pioneiro no Paraná no Tratamento Endovascular do Aneurisma de Aorta Abdominal (1998) e no Tratamento Endovascular do Aneurisma de Aorta Abdominal Roto (2001). É pioneiro no Brasil no Tratamento Endovascular do Aneurisma de Aorta Abdominal com endoprótese fenestrada para as artérias renais (2004) e na Técnica de Crioplastia para desobstrução de oclusões arteriais dos Membros Inferiores (2006). É também Criador da técnica minimamente invasiva para tratamento dos aneurismas complexos toracoabdominais, apresentada em congressos internacionais.


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