Quando era criança, minha felicidade era ir ao mercado comprar alguma coisa cheia de açúcar que provavelmente os pais de hoje em dia olhariam com repulsa. Era também acordar antes de todo mundo e chamar o amigo/ vizinho para jogar bola na rua. Sem tênis, num frio de rachar boneco de neve.

Era a minha felicidade.

Quando era adolescente, a minha felicidade era esperar as quartas chegarem para eu ver o São Paulo jogar na Libertadores. Hoje, eu vejo que deveria ter aproveitado mais essa fase.

Quando tinha meus vinte anos, eu pensava no fim da faculdade como a idealização da minha felicidade. O fim dela chegou e advinha?

A pouco tempo, fui viajar com os meus amigos e enfim descobri que não adianta idealizar a bendita. Ela aparece assim, sem avisar. É no abraço dos amigos, no sorriso das pessoas que amamos, no almoço de domingo com a família, no tempo passado só, etc. 

Meu amigo leitor, se posso lhe dar algum conselho do alto dos meus vinte e quatro anos é: aproveite o caminho, pois a chegada só vai fazer sentido se o caminho for bem vivido.

Mas caso ache que essa joça escrita não tem o menor sentido, tudo bem.

Caso ache coerência no que foi escrito, porém não consegue passar a vida sem rotular as coisas. Eu tenho uma ideia...rotule os agrotóxicos liberados esse ano e avise as pessoas que importam para ti, vale mais o seu tempo.