MARY SUN
Ei,
É um dia bem estranho, para variar tô em um quarto de hotel, perdido em alguma cidade qualquer e pensando que seria supimpa se tivesse uma comida árabe pelas redondezas, logo mais vou resolver isso.
Sempre pensei que escrever era a melhor maneira para aliviar o pensamento. Para quem diz que a fome é psicológica, gostaria de dedicar as minhas mais sujas ofensas.
Mas enfim, o assunto aqui é feliz.
Nunca soube como falar para alguém o que eu sentia, tinha medo de soar ridículo. Com o tempo fui aprendendo que não importa o medo, não importa a forma, só se expresse.
Apesar da fome, essa é a minha função hoje.
Existe uma mulher incrível que eu conheci com vinte e poucos anos de idade, ela tinha quarenta e alguns. Hoje ainda tenho vinte e pouco anos de idade, mas o pirralho daquela época cresceu e uma parcela foi por conta dela.
Cara, eu era cheio de problemas. Ainda tenho alguns bem complicados. Mas você escutar de alguém que a casa dela pode ser seu lar, isso muda a vida de muita gente.
Eu não sei bem a frase que ela me disse uma vez, mas o pensamento era algo como: “não adianta ficar preocupado com o amanhã, viva o hoje”. Isso tira um peso das costas que tu não fazes ideia.
Ando bem feliz com as escolhas que eu tenho tomado e ela me ajudou do jeito dela, às vezes calmo, às vezes engraçado por falta de graça, mas sempre presente com vários doces em sua geladeira.
Dona Sol, feliz é o mundo de ter um dia só para ti.
Muito obrigado por tudo que fez por mim. Amo você e a sua família.
Ih, tem uma pizzaria aqui do lado, talvez eles me façam um kebab. Talvez.
Até mais.