Investimentos na Coleta Seletiva reduzem impactos ambientais gerando renda para os trabalhadores
Investimentos do setor público na conscientização da população resultam no sucesso da Coleta Seletiva em Pres. Castelo Branco. Hoje 60% do lixo produzido são reciclados e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente espera que até o final do ano o percentual aumente ainda mais e para tanto investe em campanhas educativas e na compra de bags para destinação do material reaproveitável
Estimativas apontam que no Brasil, cada cidadão produz em média 1,1 kg de lixo/dia. Em novembro de 2018 Presidente Castelo Branco, firmou convênio com a Cooperativa de Trabalho dos Recicladores de Mandaguaçú (Coreman), cedendo 03 trabalhadores ao custo de 01 salário mínimo cada para o município. Eles auxiliam a Cooperativa na separação do material coletado e participam também do rateio mensal, advindo da venda dos materiais reaproveitáveis. Nos dois últimos dois meses do ano passado a média de material reciclável recolhido (descontados os rejeitos) foi de 6.635,75 quilos. Este ano, a média mensal elevou-se para 8.817,20, um acréscimo considerável de quase 35%.
O aumento na geração de resíduos tem causado uma série de problemas em vários municípios do país, tais como a redução da vida útil dos aterros sanitários e o recorrente uso dos “lixões”, que geram prejuízos ao meio ambiente.
O Secretário de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de Pres. Castelo Branco Pedro Rodrigues Bandeira Júnior credita o sucesso da Coleta Seletiva aos investimentos no recolhimento, separação dos materiais e a conscientização por parte da população sobre a importância da adoção de novos hábitos, que além de reduzir os impactos ambientais, agregam renda para o rateio dos trabalhadores da Cooperativa de Recicláveis. “Todos ganham. Hoje 60% de todo o lixo reaproveitável é enviado para a reciclagem. Nossa meta é que 100% deste montante vá para as mãos dos cooperados ou seja, assim daremos a destinação correta em sua totalidade. Investimos na compra de 1500 bags (sacolões) para que os munícipes descartem ali o lixo que pode ser reciclável. Muitos ainda colocam rejeitos em meio ao material reaproveitável, mas esta cultura tende a mudar com o passar do tempo, à medida que os investimentos em educação ambiental ocorram e isso estamos fazendo maciçamente, mas mudar uma cultura não se faz do dia para a noite”, destacou.
Para o sucesso das ações o empenho da população é fundamental. Ao desenvolver este tipo de coleta, diminui-se a poluição dos solos e dos rios, geram-se novas rendas e até a economia da região cresce. “Infelizmente ainda existem pessoas que não se importam com a grande quantidade de lixo descartado e muito menos com a separação ideal deste material. Ao separar o lixo da maneira correta e colocar na calçada para os catadores levarem ao destino correto, com certeza serão diminuídos os problemas causados pelo descarte inapropriado”, pontuou Pedro Bandeira.
Todas as quintas-feiras o resíduo reaproveitável é coletado pela Cooperativa de Mandaguaçú. “Todo o material que é recolhido é pesado na nossa frente e sabemos então o que é efetivamente enviado para lá. Temos assim o controle. A cada dia a conscientização melhora, mas ainda falta muito. Existe uma empresa que presta assessoria neste sentido, ensinando a população como proceder de forma ambientalmente correta”, finalizou o Secretário. Quanto ao lixo orgânico produzido em Pres. Castelo Branco, este é enviado para o aterro sanitário de Paranavaí, destinação viabilizada por meio do CICA - Consórcio Intermunicipal Caiuá Ambiental.