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Dengue avança em Pres. Castelo Branco e 80% das casas tem focos com larvas do mosquito Aedes Aegypti


Por: Alex Fernandes França
Data: 24/03/2022
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Contabilizando 03 casos positivos só nesse ano no total de 7 notificações, a Secretaria de Saúde clama a colaboração da população para que limpe seus quintais e mantenha os cuidados no combate à doença.

“Precisamos da atenção da população para a observar o seu domicílio, remover o criadouro e cuidar do seu quintal, consequentemente  seu bairro, da sua cidade”, alertou Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Presidente Castelo Branco,  Thalita Santos Trevisani Schilive – Foto Alex Fernandes França 

O município de Presidente Castelo Branco teve durante todo o ano de 2021 um total de 27 notificações e 3 casos positivos de dengue. Nesse ano já tem 3 casos positivos no total de 7 notificações em quase 3 meses, o que leva a uma preocupação no avanço da doença e do município entrar em Epidemia, já que pelo número de habitantes no município, bastam ter apenas 18 casos confirmados de dengue.  Ações estão sendo elaboradas pelo poder público que durante as próximas semanas ocorra um mutirão de limpeza nos bairros a fim de eliminar potenciais criadouros de mosquito, pois segundo o levantamento pela equipe de endemias, 80% das casas visitadas na cidade tem focos com larvas do mosquito Aedes Aegypti. Os principais criadouros encontrados foram os bebedouros de animais domésticos, pratinhos de vasos de plantas e lixos descartados de forma irregular.

 Novos hábitos

   Segundo a Enfermeira Coordenadora da Vigilância Epidemiológica Thalita Santos Trevisani Schilive, “o último levantamento do índice de infestação (LIA – percentual de larvas encontradas nas casas) deu 4,26%, sendo que o ideal seria abaixo de 1%. Se hábitos corretos não forem adotados, de nada valerá as ações de prevenção e combate, pois cada cidadão precisa assumir sua parcela de responsabilidade”. A população ainda joga muito lixo nos terrenos baldios e nos arredores da cidade e precisam colaborar mais com a coleta seletiva e de lixo comum, não realizando o descarte de forma irregular. Os proprietários dos terrenos precisam realizar a limpeza de seus quintais, ainda mais nesse período onde as chuvas são mais frequentes e o mato cresce com mais rapidez podendo mascarar objetos que acumulam água parada. Se não houver a conscientização e consequente mudança de hábitos, seremos derrotados por um terrível mosquito. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos e de calor, que se aproximam com a chegada do verão. Por isso é importante que o Aedes aegypti não encontre condições para se desenvolver. Todos os meses mantemos nossas ações, por isso o auxílio da população é fundamental”, frisou Thalita Schilive.

      Historicamente, março, abril e maio são os meses em que são registrados os maiores números de casos de dengue no Paraná. 

Prevenção

 Entre os locais mais propícios para a proliferação estão recipientes expostos à água da chuva, como lixo, calhas e ralos entupidos, pratos e vasos de plantas, reservatórios de água para animais domésticos, ocos de árvore, bromélias, caixas d’água e lajes. Contudo, é recomendado ficar atento a potenciais criadouros internos, como vasos sanitários desativados, coletores de água da geladeira e do ar-condicionado, suporte de garrafão de água, entre outros.

     A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água cerca de uma semana. Após este período transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias.

A dengue é uma doença febril grave, causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito. No verão, com o aumento das chuvas e elevação das temperaturas, há o aumento na proliferação do vetor, que se reproduz em água parada.

Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são bem parecidos. Eles incluem febre, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais. Ao sinal desses sintomas, a orientação da Sesa é procurar imediatamente a unidade ou serviço de saúde mais próximo de sua residência.


Anuncie com Jornal Noroeste
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