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Em Números capítulos 13 e 14 encontramos o registro bíblico de uma das mais impressionantes histórias de Israel e seu relacionamento com o SENHOR Deus na antiga aliança. A nação tinha finalmente alcançado a fronteira sul de Canaã, a Terra Prometida, quase dois anos depois da saída do Egito. Os israelitas haviam chegado à região de Cades-Barnéia e estavam no limiar da bênção, porém, mais uma vez enfrentaram uma crise de fé e entregaram-se à incredulidade.

Depois que quarenta dias percorrendo Canaã, os doze espias voltaram reconhecendo que a Terra era tudo aquilo que Deus havia prometido (que “mana leite e mel” - Nm 13.27), mas a maioria deles ficou possuída de temor por conta dos desafios e perigos que lá encontraram. Eles se concentraram nos desafios do outro lado do Jordão e esqueceram-se de fixar seus olhos na grandeza do seu Deus e em seu poder invencível (14.9)

Apesar da exortação e encorajamento dos espias Josué e Calebe, o povo se deixou contaminar com o relatório dos espias incrédulos e chorou a noite toda. Toda a congregação de Israel murmurou contra Moisés e Arão e se rebelaram contra o SENHOR, tentando, até mesmo, apedrejar os servos do Senhor que se mantiveram crentes em Deus e em suas promessas.

A ira do SENHOR se inflamou e o SENHOR Deus decretou que nenhum dos incrédulos, de vinte anos para cima, entraria na Terra Prometida, mas peregrinariam quarenta anos no deserto. Toda aquela geração, com exceção de Josué e Calebe, morreu no deserto por causa da incredulidade.

Assim, aquela geração admirou a Terra, mas não a possuíram. Chegaram ao limiar da herança, mas, por causa da descrença, retrocederam e morreram no deserto. Os israelitas olharam para os desafios: cidades fortificadas e gigantes. Eles também olharam para si mesmos e se perceberam como pífios gafanhotos. Porém, não vislumbraram o seu Deus, que estava no meio deles. Não fixaram seus olhos no Senhor. Não confiaram na Palavra do Senhor e no imensurável poder dele.

A incredulidade é perigosa. Ela questiona o caráter de Deus e rebela-se contra a sua vontade. “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). “E tudo que não provém de fé é pecado” (Rm 14.23). Curiosamente, a incredulidade é descrença e crença ao mesmo tempo.  É descrença porque despreza a verdade de Deus, mas é crença porque se entrega ao que é enganoso. A incredulidade é a rejeição da verdade de Deus e a crença na mentira. Por isso, os israelitas estavam convencidos de que o melhor era não obedecer a Deus e voltar ao Egito e à escravidão. 

“Ora, essas coisas se tornaram exemplos para nós”, disse o apóstolo Paulo (1 Co 10.6a). Cuidado, cristão. Em Números 13 e 14 temos uma advertência a todos que ouvem a palavra de Deus para que não endureçam o seus corações e se entreguem ao engano.

As verdades que deveriam encorajar o antigo Israel de Deus a confiar no Senhor devem nos encorajar nos dias de hoje. O Deus de ontem é o Deus de hoje. Nos desafios que surgem diante de nós, precisamos reagir com fé e obediência, mortificando, pela graça de Deus, a incredulidade que tenta nos assaltar dos caminhos do Senhor. Deus é maior que todas as adversidades e maior que todos os gigantes e pode permitir que os gafanhotos sejam vitoriosos. Mantenha seus olhos fixos no SENHOR e na Palavra d’Ele e não retroceda jamais.

 

Rev. Azael Araújo

Igreja Presbiteriana de Nova Esperança

ver.azaelaraujo@gmail.com

Azael Araújo

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