Aumenta número de casos autóctones de dengue no Estado
São seis casos confirmados entre 180 notificações – dois estão no município de Cascavel, outros dois em Cafelândia, um em Corbélia e outro em Iguatu.
A Regional da Saúde de Cascavel registrou os primeiros casos autóctones de dengue, ou seja, foram contraídos na própria região, o que comprova a circulação do vírus. São seis casos confirmados entre 180 notificações – dois estão no próprio município de Cascavel, outros dois em Cafelândia, um em Corbélia e outro em Iguatu.
Mas o único município do Paraná considerado em epidemia é Uraí, que fica na regional de Cornélio Procópio, no Norte do Estado, onde existem 36 casos autóctones.
No caso da adolescente morta no início do mês, os exames confirmaram que não se tratou de dengue. As causas ainda estão sendo investigadas. Também foi confirmada que não foi dengue a causa da morte de uma mulher em Astorga, como alguns blogs chegaram a noticiar.
O boletim da semana epidemiológica que termina nesta terça-feira (22) registra um total de 6.528 notificações feitas desde agosto do ano passado, em 246 municípios; destas, 4.230 já foram descartadas. Os casos confirmados desde agosto, que são 154, estão em 49 municípios paranaenses, cinco a mais que na última semana.
No caso da chikungunya, o Paraná tem apenas dois casos confirmados, mas todos foram contraídos fora do Estado. O único caso de zika, no entanto, foi contraído no próprio município de Foz do Iguaçu, que tem outros 11 casos de notificação em investigação.
POPULAÇÃO – A Secretaria de Estado da Saúde também reforça o importante papel que a população tem para minimizar a incidência da dengue no Paraná.
A proliferação do mosquito transmissor aumenta muito no verão e é absolutamente necessário que as pessoas eliminem todo tipo de água parada como vasos de plantas, garrafas, lixo , bebedouros de animais, entre outros onde as larvas do mosquito se criam.
Os casos mais graves costumam ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes, lactentes menores (29 dias a 6 meses de vida), imuno-suprimidos, pessoas com algum tipo de doença crônica pré-existente, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, anemia falciforme, doença renal crônica, entre outras.
No entanto, a orientação é que todos busquem atendimento de saúde logo que apresentem os primeiros sintomas. O diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno reduzem significativamente as chances de agravamento do caso.
Os sintomas são febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Esses sinais não podem ser desprezados.
O verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya.
E quem viaja deve redobrar os cuidados para evitar o avanço da doença, tanto no seu imóvel, que ficará desabitado, como na casa eventualmente alugada para a temporada.
Entre os criadouros mais comuns estão vasos e pratos de plantas, garrafas pet, copos plásticos, sacolas, latas e outros materiais recicláveis. Também existem outros vilões que nem sempre estão à vista, como calhas entupidas, ocos de árvores, bromélias e bandejas externas de geladeira.