Polícia procura por 12 presos perigosos foragidos da Cadeia de Alto Paraná
Após cerrarem as grades, 14 presos que estavam na ala reservada para os detentos de alta periculosidade, conseguiram fugir pela área conhecida por solarium. Dali eles acessaram a rua lateral e seguem foragidos.
Na manhã de quarta-feira (13), ao chegar ao setor de carceragem da Cadeia Pública de Alto Paraná, o agente penitenciário percebeu que as grades de uma das alas estavam serradas e que os 14 presos nela encarcerados haviam fugido.
Há vários anos a Cadeia da cidade sofre com problemas de ordem estrutural. O ambiente insalubre e superlotado, aumenta o clima de tensão entre os presos, se tornando propício a fugas e rebeliões. Segundo explicou o delegado Dr. Dimitri Tostes Monteiro, “Os presos estavam acostumados a fugir pelas janelas cujas hastes de ferro davam acesso ao solarium. Reforçamos estes locais, colocando grossas chapas de ferro, porém desta vez eles inovaram e serraram as chapas de ferro das grades da frente, posteriormente romperam o cadeado da grade que dá acesso ao solarium e improvisaram uma corda feita de lençóis , chamada ‘tereza’ , escalaram o muro, acessando depois a rua lateral da delegacia”, explicou. Esta é a segunda fuga do ano naquela cadeia. Em janeiro houve a fuga de um dos presos. “Inclusive ele foi recapturado e na ocorrência de agora, acabou fugindo novamente”, complementou o delegado.
Intensificação das ações policiais
A intensificação das ações policiais, elucidando casos e prendendo os responsáveis pelos crimes, somada aos problemas estruturais que incluem o reduzido espaço da carceragem, transformaram aquele lugar em um depósito de gente. “Não podemos ficar condicionados à capacidade de presos da cadeia para balizar nosso trabalho. Estamos cumprindo nosso papel, dando respostas a sociedade. As condições são horríveis e envolvem insalubridade e não são ideais. Essa é uma deficiência do Estado e vem de governos anteriores”, desabafou Dr. Dimitri.
Projetada inicialmente para 08 presos, a cadeia pública de Alto Paraná, inaugurada em 1989, abrigava, antes da fuga 64 detentos. “São presos que estão acostumados a fugir. Eles são perigosos. Diante disso vamos tomar medidas drásticas para melhorar a segurança desse local, até porque nossos agentes e investigadores correm risco de morte quando há uma fuga em massa. Populares que tiverem informações sobre eventuais suspeitos, peço que nos procurem na delegacia e o sigilo será mantido. Informações anônimas são sempre bem vindas”, finalizou Dr. Dimitri Tostes Monteiro.
As Polícias Civil e Militar seguem nas buscas pelos foragidos e quem souber de algo pode ligar para o 190, sendo garantido o anonimato da denúncia.