A generic square placeholder image with rounded corners in a figure.

  • Compartilhar:

Consciente das minhas limitações acadêmicas e até mesmo do nosso espaço aqui, o objetivo desse texto não é esgotar esse assunto e nem mesmo formular uma tese. Vamos apenas ressaltar resumidamente as principais questões que têm mantido acesa a polemica entre criação e evolução. Ou seja, fomos criados ou somos fruto de uma evolução natural?

A fé num Deus intemporal, que criou o universo do nada, certamente é passível de ser intelectualmente defendida, além de ser ensinada pela Bíblia. Mas, desde que Charles Darwin publicou a Origem das espécies em 1859 uma onda de discussões têm arrastado teólogos e cientistas para uma discussão interminável acerca da origem do universo e do homem.

Os evolucionistas sustentam que a matéria é eterna e dela se originou todas as coisas. A evolução aos moldes de Darwin procura dizer como a matéria evoluiu até chegar a espécies biológicas, mas nada diz sobre a origem da matéria. A evolução, segundo Darwin, se deu por meio da seleção natural e da sobrevivência dos mais aptos. Ou seja, o que somos hoje é fruto de um longo processo de adaptação e seleção natural, sendo que, no principio existia apenas a matéria e depois formas de vida orgânicas evoluirão da matéria, se adaptou, e por fim, após milhões de anos aqui estamos.

Os criacionistas defendem a existência de um Criador de todas as coisas e que houve uma ação direta dele num tempo determinado para que tudo no universo fosse criado. De acordo com os criacionistas, existe um Agente externo responsável pela criação de todas as coisas. Esse agente externo é Deus. Tanto o versículo inicial da Bíblia quanto a primeira frase do Credo dos Apóstolos confessam Deus como Criador.

O professor Adauto J. B. Lourenço que é formado em Física pela Bob Jones University e que também possui especialização nessa mesma área, atualmente no Brasil é um dos mais importante expoente do chamado “Criacionismo cientifico”.

De acordo com Lourenço, existem três criacionismos distintos: o científico, o religioso e o bíblico. No primeiro caso, é possível sim demonstrar cientificamente que o universo e a vida foram criados. Só não é possível demonstrar quem criou. Ele cita o exemplo de um relógio, é fácil demonstrar de forma científica que o objeto foi criado e não surgiu espontaneamente. Independente de provar quem o criou. São duas coisas totalmente distintas.

O criacionismo científico trabalha apenas a questão se o universo e a vida foram criados ou surgiram espontaneamente.

Já os religiosos tentam explicar por que uma determinada divindade teria criado o universo e a vida. E o bíblico é descritivo, não explica o porquê, apenas cita o que Deus fez. Normalmente, quando falamos de criacionismo, as pessoas associam apenas aos dois últimos. Poucas pessoas, principalmente no meio acadêmico, conhecem a respeito do criacionismo científico. Não são todos iguais. Os nossos centros de ensino não permitem o ensino do criacionismo e existe um motivo para isso. Muitas pessoas não conhecem o criacionismo científico e querem ensinar a questão religiosa ou bíblica. Obviamente a escola é para ensinar ciência. A proposta do criacionismo científico não é religiosa, embora possua implicações religiosas.

Conforme já foi dito no inicio, é impossível esgotar esse tema em um espaço tão pequeno e esse que vos escreve não possui tal competência. Mas quero ressaltar minha apreciação pelas ideias do Professor Adauto Lourenço ainda que não concorde integralmente das suas ideias.

Ser criacionista não quer dizer que se deve ignorar tudo o que a ciência diz e nem tão pouco significa ser religioso. Um cristão que crê na Bíblia e está inserido em uma sociedade cientifica como a nossa deve se dar conta de que a Bíblia não é um livro cientifico, mas sim de fé. E a ciência, não necessariamente deve ser encarada como inimiga da fé, mas esse pode ser assunto para outro artigo.

Alison Henrique Moretti


Anuncie com Jornal Noroeste
A caption for the above image.


Veja Também


smartphone

Acesse o melhor conteúdo jornalístico da região através do seu dispositivos, tablets, celulares e televisores.