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Quanto pesa o Queiroz?


Por: José Antônio Costa
Data: 25/01/2019
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A internet nos trouxe muitas facilidades. Se você digitar no Google o nome “Fabrício Queiroz” encontrará que ele é ex-assessor e ex-motorista do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL). Ele movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada "atípica", segundo relatório do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). Em síntese essas são as informações encontradas a um clique.

Porém, fiquei pensando até de maneira futurista se chegará o dia que a internet disponibilizará ainda mais dados como por exemplo em revistas de fofocas de famosos é possível encontrar o peso e altura de diversas celebridades do mundo da moda ou ainda artistas de televisão, da música e diversos segmentos. Mas, pessoas comuns como eu, você, o Fabrício Queiroz ainda não encontramos o peso na internet. A pergunta é: quanto pesa o Queiroz?

O peso é algo interessante. Chega fim de ano, saímos da dieta. Mas quem entende de peso é o médico endocrinologista, outros profissionais como o (a) nutricionista e o treinador pessoal com formação em educação física nos ajudarão a chegar ao peso ideal. 

A suspensão da investigação sobre as movimentações “atípicas” de Fabrício Queiroz, determinada em caráter liminar (provisório) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux provoca insegurança jurídica semelhante a outras decisões tomadas pela Corte máxima do país nos últimos anos e está “pesando” muito até mesmo em relação ao presidente Bolsonaro (PSL).

Flávio Bolsonaro era deputado estadual quando seu assessor teria movimenta movimentado cerca de R$ 1,2 milhão no período de um ano, valores que segundo o COAF, são incompatíveis com os rendimentos de Queiroz. A defesa do senador eleito informou ao STF que o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, responsável pelas investigações, teria pedido ao COAF dados sobre Flávio Bolsonaro protegidos por sigilo relativos ao período de 2007 a dezembro de 2018.

O pedido segundo argumenta a defesa teria acontecido quatro dias antes de sua diplomação o que representaria uma forma de burlar a proteção do foro privilegiado no Supremo. Os advogados também pedem a nulidade das provas colhidas pelo MP sob a justificativa de que houve quebra dos sigilos fiscal e bancário do senador eleito sem prévia autorização judicial.

O “peso” do Queiroz representa o risco da desconfiança do mercado voltar. Diferente do que foi pregado em campanha nos discursos inflamados contra o “Lulopetismo” e ainda o combate à corrupção está aos poucos perdendo o foco devido alguns tropeços no caso Queiroz.

Qual seria o motivo de Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor se negarem a prestar depoimento no Ministério Público e usar a prerrogativa de foro privilegiado, tão combatida pelo senador eleito e divulgada em vídeos pela internet antes da campanha eleitoral do ano passado, para recorrer ao STF?

Interessante é lembrar que no passado, uma Fiat Elba, derrubou Fernando Collor da presidência. Um governo que foi eleito sob a bandeira do combate a corrupção não pode deixar o “peso” Queiroz abalar a confiança já no primeiro mês de mandato. É necessário que tudo seja esclarecido, caso contrário o governo Bolsonaro não terá força junto ao Congresso para aprovar pautas escolhidas como prioritárias durante a campanha.

“A honestidade pode ser a melhor política, mas é importante lembrar que aparentemente, por eliminação, a desonestidade é a segunda melhor política”. George Carlin (1937 – 2008), foi um humorista, comediante de stand-up, ator e autor norte-americano, vencedor de cinco Grammys

José Antônio Costa


Anuncie com Jornal Noroeste
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