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Desarticulação política e pautas prioritárias


Por: José Antônio Costa
Data: 14/06/2019
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A política é feita de bastidores. Na Fórmula 1, a equipe campeã é aquela que faz o melhor ajuste do carro ainda nos boxes. Cabe ao piloto entrar na pista, o motor competitivo é mérito dos mecânicos, mas a vitória é conquistada graças a habilidade do piloto.

Já estamos no meio do ano 2019, Bolsonaro ainda não conseguiu aprovar ou mesmo propor mudanças significativas ao país. Quando as coisas parecem que vão engrenar, surge uma nova polêmica dificultando a relação Executivo/ Legislativo. Semelhante a Fórmula 1, a estratégia não pode ser diferente, não se constrói um governo da noite para o dia.

A troca de mensagens entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, respingaram no governo Bolsonaro que não consegue articulação junto ao Congresso Nacional. O Brasil precisa acalmar o clima político que está tenso. Na esfera federal, Executivo e Legislativo não selecionam pautas prioritárias para o país. A economia reage aos poucos e muito timidamente.

Os segredos do motor do carro campeão jamais são revelados, porém há estudos, pesquisas, testes e inúmeras discussões até a equipe definitivamente “acertar”. Quando o carro vai para pista todos esses processos foram cumpridos. A falta das características anteriormente descritas compromete o resultado final. Tem equipes que começam o campeonato como favoritas, porém terminam com resultados pífios.

Bolsonaro foi eleito com a promessa de representar um novo estilo político. Diante das contradições e decepções políticas, o eleitor é facilmente tapeado. Às vezes é influenciado pela aparência, por discursos e escolhe mal, tendo depois que sofrer as consequências de políticos medíocres, incompetentes e tendenciosos.

Porém assim como na Fórmula 1, acontece do carro que foi testado, falhar durante a prova, deixando o piloto sem condições de competir. Na corrida, não existe carro preparado de última hora.

Quando a corrida chega ao final, o nome vitorioso a ser lembrado é do piloto, porém a comemoração fica para os mecânicos e construtores que ajudaram a conquistar aquele resultado. O piloto jamais pode esquecer sua equipe.

Bolsonaro é o piloto, o Brasil o carro que ele tenta a todo custo “pilotar”. A lição deixada pelo governo Dilma mostra que a desarticulação não funciona em política. 

 

“Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.

José de Magalhães Pinto (1909 a 1996), advogado, economista, banqueiro e político brasileiro com atuação em Minas Gerais, Estado do qual foi governador 

José Antônio Costa


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