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‘Datapovo’ refletirá o resultado nas urnas?


Por: José Antônio Costa
Data: 30/09/2022
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A expressão ‘Datapovo’, criada de forma irônica dentro do discurso bolsonarista para desqualificar os resultados apresentados pelo instituto de pesquisa Datafolha, empresa do Grupo Folha e considerada “esquerdista” demonstra que a aprovação do povo é sempre maior que os números apontados em levantamentos dos institutos de pesquisas e que por vezes tem colocado em 2º lugar das intenções de voto o presidente Bolsonaro (PL). O ‘datapovo’ realmente reflete a vontade da maioria dos brasileiros?

Pesquisas eleitorais sempre nortearam e balizaram campanhas políticas. Os candidatos utilizam os parâmetros apontados e atuam de forma estratégica concentrando ataques e argumentos em pontos falhos visando o convencimento do eleitor e finalmente o voto.

Analisando algumas pesquisas de intenção de votos realizadas por institutos como: Datafolha, IPEC, Quaest e IPESPE o presidente Bolsonaro aparece, na faixa dos 33% das intenções de votos. O que representa 1/3 dos eleitores brasileiros. Esse terço de eleitores é considerado muito ativo nas redes sociais, pois, consome e repassa conteúdo político.

Já o levantamento do Instituto Brasmarket, divulgado na sexta-feira (23/09), mostrou o presidente Bolsonaro (PL) liderando com 44,9% enquanto o ex-presidente Lula (PT) registrou 31% das intenções de voto. Por sua vez, o Paraná Pesquisas mostrou que Lula (PT) lidera com 42,7% seguido por Bolsonaro (PL) com 36,4%.

Às vésperas das eleições, numa das campanhas eleitorais mais tensas dos últimos tempos, a violência derivada da divergência de pensamentos, no tocante a escolha entre os candidatos Bolsonaro (PL) e Lula (PT), mostra o nível extremo da polaridade política.

A internet facilitou a comunicação na mesma velocidade que aumentou a rivalidade entre as pessoas. Familiares, amigos, colegas de trabalho estão se enfrentando nas mídias sociais esquecendo que após o resultado das eleições, a vida seguirá normal e terá que conviver com aqueles a quem ofendeu ou mesmo disse palavras impublicáveis.

 Voltando ao ‘datapovo’, na reta final da campanha o ex-presidente Lula (PT) tenta conquistar o eleitor que ainda não definiu o voto utilizando o tom emocional e investindo na imagem do “Lulinha paz e amor”. Já o presidente Bolsonaro por exemplo, na terça-feira, (27) quando esteve em Pernambuco, subiu o tom contra o petista e chamou Lula de “ladrão”.

Devido ao clima tenso, situações de constrangimento, ameaças físicas e verbais em razão de posições políticas, percebo que a eleição será definida pelo voto dos ‘envergonhados’, ‘tímidos’, aqueles que não aparecem nas ruas e também não colam adesivos nos carros, tampouco participam de discussões políticas seja no ambiente virtual ou real, porém tem o mesmo poder de voto.

Analisando as movimentações das últimas semanas, chego a pensar que os bastidores da política são tão importantes quanto a motociata. Porém, enquanto Lula (PT) buscou agregar forças com diferentes alas e grupos, reunindo ex-candidatos a presidência, ex-ministros e lideranças partidárias, o presidente Bolsonaro (PL) visitou o Estado de Pernambuco pela segunda vez em menos de 15 dias na reta final da campanha e realizou uma motociata.

Na antevéspera da eleição, desejo que o discernimento seja preponderante no momento da votação. Que ao final, o processo democrático representando pela vontade popular manifestada pelo voto seja o grande vencedor. O resultado das urnas precisa e deve democraticamente ser respeitado.

“Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda”.

Abraham Lincoln (1809 – 1865), foi um político norte-americano que serviu como o 16° presidente dos Estados Unidos

José Antônio Costa


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