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Brasil fora das questões ambientais


Por: José Antônio Costa
Data: 07/12/2018
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O governo do Brasil comunicou oficialmente que vai retirar sua candidatura para sediar a COP-25 (Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), destinada a negociar a implementação do Acordo de Paris, de 11 a 22 de novembro de 2019. O Itamaraty informou sobre a decisão ao Secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima da Organização das Nações Unidas.

De acordo com o texto enviado na terça-feira, (27) de novembro às Nações Unidas, a retirada da candidatura se deve às “restrições fiscais e orçamentárias” que deverão permanecer no próximo governo.

“Tendo em vista as atuais restrições fiscais e orçamentárias, que deverão permanecer no futuro próximo, e o processo de transição para a recém-eleita administração, a ser iniciada em 1º de janeiro de 2019, o governo brasileiro viu-se obrigado a retirar sua oferta de sediar a COP 25."

A questão ambiental é frequentemente relegada a último plano nas esferas governamentais. Se você observar em todo o tempo estamos consumindo ou utilizando os recursos naturais. Precisamos de oxigênio para a manutenção da vida. A água é importantíssima na hidratação do nosso corpo. Da terra vem o alimento que consumimos todos os dias. Enfim, não apenas o ser humano, tudo o que tem vida necessita do ambiente minimamente equilibrado.

Não podemos parar no tempo, porém os atuais padrões de consumo estão produzindo severos impactos sobre o meio ambiente. É poluição, saneamento inadequado, muitos lugares com precárias condições de abastecimento de água e diversos problemas crônicos.

Não é discurso de “ecochato”, apelido conferido às pessoas que defendem as questões ambientais, porém é necessária uma maior atenção das autoridades para as mudanças climáticas.

Vivemos numa época que as estações do ano já não possuem as mesmas definições de antes. Em plena primavera e a poucos dias do início do verão, a Serra catarinense havia registrado ontem o 4º dia consecutivo de geada. Desastres naturais são cada vez mais frequentes e as chuvas com uma intensidade violenta revelam que o desmatamento da floresta amazônica refletirá no deslocamento dos rios aéreos para as regiões Sul e Sudeste.

Organizações não-governamentais (ONGs) ligadas às questões ambientais e aos povos indígenas lamentaram a retirada da candidatura do Brasil. Em nota, o Observatório do Clima alertou que ao retirar a candidatura para sediar a COP-25, o Brasil poderá perder o papel de protagonista nas discussões climáticas.

“Com o abandono da liderança internacional nessa área, vão-se embora também oportunidades de negócios, investimentos e geração de empregos”, alerta o Observatório.

Acertada foi a atitude do governador eleito do Paraná, Ratinho Junior, que enviou para Brasília um ofício em defesa da realização da próxima COP-25 no Paraná. Segundo o documento, o evento poderia movimentar R$ 400 milhões e a circulação de cerca de 35 mil pessoas.

Muito além da questão econômica, a preocupação ambiental deve ser constante. As pessoas e o meio ambiente são inseparáveis e equilíbrio entre as leis da natureza e o ser humano precisa existir.

Todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos”.

Leonardo da Vinci (1452 – 1519),

Cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico,poeta e músico

José Antônio Costa


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