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“A messe é grande, mas os operários são poucos” (Lc 10,2). Essa frase dita por Jesus está contida no maior best-seller de todos os tempos, a Bíblia. E embora a mesma tenha sido falada há mais de dois mil anos, se mostra dentro do contexto atual da nossa sociedade, de forma latente. Sempre ouço nos ensinamentos doutrinários da minha igreja, que “a fé sem obras é vazia”, assim como existe no jargão jurídico a frase que “alegar sem provar é o mesmo que não alegar”. Popularmente costumamos dizer e ouvir que “fulano só tem papo, fala muito, mas não faz nada”.

Estamos vivendo um momento na história da humanidade onde as pessoas recebem uma quantidade expressiva de informações diariamente e também passaram a ter voz, que podem ser ouvidas pelo mundo todo, pois o instrumento da internet nos proporciona emitir opiniões com um alcance antes inimaginável. Porém, embora muitos estejam expressando opiniões e críticas, não se habilitam a trabalhar para que aquilo que está errado mude.

Se observarmos os Conselhos Municipais, os trabalhos sociais realizados nas igrejas, em grupos de serviço comunitário, ou mesmo no ONESP, sempre são as mesmas pessoas que se dispõem a trabalhar e quase sempre em número diminuto.

No entanto, nenhuma mudança irá acontecer se nos mantivermos confortáveis em nosso sofá, sem nos incomodar e tomar uma atitude para que a realidade mude, pois, a atitude é fundamental. Como cidadãos, é nosso dever praticar a cidadania participativa, nos inteirando dos assuntos de interesse comum dentro do nosso município e no âmbito nacional, pois isso faz muita diferença.

Os políticos, que são aquelas pessoas que definem a trajetória do país e, por conseguinte, a nossa qualidade de vida, são sensíveis ao apelo popular, pois seus mandatos dependem da vontade do povo, que é quem realmente detém o poder dentro de um Estado Democrático de Direito. Porém, nossa inércia colabora para que suas atitudes visem o interesse próprio e não o bem comum. Estamos agora acompanhando um julgamento no STF que pode colocar fim ou dificultar em demasiado o maior movimento realizado em nossa história para o combate da corrupção, onde um simples entendimento majoritário sobre qual seguimento da Justiça é competente para julgar determinados crimes, pode acabar com a força da Lava-Jata e jogar na conta da impunidade, que já é imensa, centenas de crimes ligados à corrupção. Mais uma vez, nossa inércia favorece que esse julgamento seja favorável ao corruptos.

Portanto, não temos saída e temos que ter a convicção que sim, podemos mudar nosso país, mas que a mudança depende de tomarmos atitudes que realmente ajudem isso acontecer.

Somos responsáveis por nossos atos e também pelo futuro do nosso país. Se queremos deixar de ser terceiro mundo, de ser um país subdesenvolvido, com milhares de pessoas desempregadas, sem escolaridade,  abaixo da linha da pobreza, precisamos nos comprometer com a nossa cidadania e passar a se inteirar dos fatos, buscar ser justos e tomar atitudes que colaborem com essa mudança que clamamos. 

Lembrem-se que INDIGNAR-SE É IMPORTANTE, MAS ATITUDE É FUNDAMENTAL.

Ângela Contin Jordão


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