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Laborterapia na Cadeia Pública de Nova Esperança ajuda na ressocialização dos presos


Por: Alex Fernandes França
Data: 15/05/2020
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Manutenção e plantio em hortas, construção civil (manutenção do prédio) , fabricação de redes de pesca, desinfecção de veículos, faxina,  são algumas das atividades desenvolvidas por um grupo de detentos da Cadeia Pública de Nova Esperança. Todo lixo produzido no local acaba sendo separado e os resíduos sólidos encaminhados para a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis da cidade.

Um belíssimo trabalho de ressocialização de presos está sendo desenvolvido na Cadeia Pública de Nova Esperança que tem uma Gestão compartilhada entre o Depen – Departamento Penitenciário e a Secretaria de Estado da Segurança Pública. O local abriga atualmente cerca de 140 detentos, com perfil chamado de ‘presos de seguro’ ou “decretados” – considerados aqueles que não tem convívio harmonioso com elementos de outros perfis criminosos.  

Em grande parte do terreno em anexo à delegacia, os detentos passaram a desenvolver técnicas de manejo e plantio de mudas horas,  diversificando desta forma  a produção de verduras e legumes melhorando a qualidade da alimentação servida unidade prisional. Segundo Rodney de Oliveira – Gestor Provisionado da Cadeia Pública de Nova Esperança, “a laborterapia é um importante caminho a ser trilhado para a reflexão e mudança de hábitos dos detentos. A gente percebe a melhora no trato de uns para com os outros. Nosso alvo é que, aliado ao cumprimento da pena a que cada um foi submetido, também possamos devolvê-los melhores para o convívio social”, ressaltou. Na horta são cultivados verduras e legumes de várias espécies: alho poró, cheiro verde, cenoura, couve, alface, mandioca, tomate e repolho..

Valorização do ser humano

Um dos detentos disse à reportagem que a horta é importante para a população carcerária por promover uma atividade coletiva e contribuir para a alimentação. “Aprendemos que somos úteis, valorizados e que podemos escrever uma nova história. A horta é muito importante aqui na unidade por promover uma atividade coletiva, contribuir para nossa ressocialização e para uma alimentação mais saudável”.

“Eles estão tendo uma oportunidade ímpar de reinserção social. Até mesmo o linguajar, sem as tradicionais gírias está mudando. A religião também tem sido fundamental. A presença constante de padres, pastores e a missionária, irmã Rute de Maringá também tem auxiliado nesse processo”. Manutenção e plantio em hortas, construção civil (manutenção do prédio) , fabricação de redes de pesca, desinfecção de veículos, faxina,  são algumas das atividades desenvolvidas por um grupo de detentos da Cadeia Pública de Nova Esperança.

Os produtos colhidos na horta, sem dúvidas a menina dos olhos de todos, acabam sendo doados para entidades assistenciais de Nova Esperança, tais como APAE e Asilo São Vicente de Paulo além de outras. “Chegamos a doar mais de 1000 pés de alface para uma delas”, frisou Rodney, ressaltando todo apoio dispensado pelo Depen neste processo de reinserção social.

A necessidade de atendimentos médicos na unidade prisional diminuíram consideravelmente após a direção da Cadeia determinar o fim do hábito de fumar no local (tabagismo). “A maioria dos problemas eram de ordem respiratória causados pelo cigarro. Com isso diminui-se também os deslocamentos”, finalizou Rodney de Oliveira.

Cada interno que trabalha internamente acaba sendo beneficiado pela remissão da pena, ou seja, para cada três dias trabalhados, o preso pode remir (abater) um dia da pena imposta.


Anuncie com Jornal Noroeste
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