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Nos passos do Pastor


Por: Luciano Rocha Guimarães
Data: 06/09/2023
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A BÍBLIA E O SUICÍDIO

(Atos 16:27-34)

Neste mês de setembro está sendo promovida uma campanha contra o suicídio, o “Setembro Amarelo”. Apesar do aumento da qualidade e do padrão de vida, o suicídio tem crescido de forma assustadora até mesmo entre adolescentes e crianças. O suicídio é a autodestruição mediante a supressão racional da própria vida. É um complexo impulso desesperado, decorrente de uma psicologia doente ou alterada, em particular de uma afetividade demolida, que conduz ao abismo da morte como uma solução libertadora. Mas, o que a Bíblia nos ensina sobre o suicídio? O texto da conversão do carcereiro na cidade de Filipos, narrada no livro de Atos dos Apóstolos, nos oferece algumas respostas.

Primeiro, o suicídio indica um estado de desespero (v 27). Há nos suicidas três sentimentos basilares: “não posso suportar”, “não há saída” e “não há esperança”. As pessoas que tiram a própria vida têm um sentimento obsessivo de desamparo, falta de esperança e de valor. Alguns tiram a vida por causa da solidão extrema; outros por causa de problemas que não conseguem lidar, como depressão, desemprego, falência financeira, desilusão amorosa ou enfermidades crônicas; outros porque não encontram sentido para a vida; e ainda outros porque se colocam diante de uma situação desesperadora, como no caso do carcereiro do texto em questão. Sendo responsável pela segurança dos presos, tentou tirar a própria vida ao ver as portas abertas pelo terremoto, imaginando terem fugido.

Segundo, o suicídio é um atentado contra a própria vida (v 28). Quando o carcereiro puxou da espada para tirar a própria vida, o apóstolo Paulo bradou do fundo da cela: “Não te faças nenhum mal”. O suicídio é um mal, não um bem, pois atenta contra a própria vida, dádiva preciosa de Deus. A palavra “suicídio” deriva etimologicamente do latim cedere e do pronome sui, significando “inflingir-se a morte”. É na verdade um ato de assassinar a si próprio. O ser humano não tem, da parte de Deus, nenhuma autoridade para tirar a própria vida. O suicídio é um assassinato contra si próprio, combatido e descrito nas Escrituras como tal. Portanto, nunca será uma “alternativa viável”, como ensinam alguns. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), um milhão de pessoas comete suicídio a cada ano, tornando-se a décima causa de morte no mundo, sendo considerado um problema de saúde pública.

Terceiro, o evangelho de Jesus Cristo oferece o remédio contra o suicídio (v29-34). Ao ver que Paulo não fugira, mas permanecia ainda na cela, o carcereiro clamou: “Senhores, o que devo fazer para ser salvo? (v 30). O suicida quer ser salvo da condição de desespero em que ele se encontra. Ele busca uma saída. Ele anseia pelo alívio de sua dor. Imediatamente, Paulo lhe respondeu: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa” (v 31). Paulo lhe anuncia a Palavra e a todos os de sua casa (v 32). Há uma linda conversão e mudança de vida do carcereiro e de sua família, culminando com uma refeição repleta de grande alegria (v 34). Eis o que o evangelho de Cristo promove: o que antes era desespero, agora é uma grande alegria; o que antes era morte, floresceu a vida! As Escrituras Sagradas são completamente a favor da vida, e a vida é um dom de Deus. Não caia na armadilha de que colocando um fim a sua vida você estará colocando um fim aos seus problemas. Ao contrário, inicie uma nova vida, entregando-se a Cristo como Senhor e Salvador dela. Aqueles que confiam em Jesus Cristo, além de poderem contar com a presença dEle neste mundo para sustentá-lo em suas dores e adversidades, um dia terão descanso de todas elas. Escolha temer a Deus mais do que aos seus problemas. Confie no Senhor e o mais Ele fará (Salmo 37:4).

Do seu pastor e amigo,

Pr. Luciano Rocha

Luciano Rocha Guimarães


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