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A concorrência desleal


Por: Luciano Rocha Guimarães
Data: 16/11/2023
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Vivemos em um mercado extremamente exigente e concorrente. Nosso grau de exigência tem se multiplicado a cada dia. Não nos contentamos em ter um computador, mas queremos um que pense por nós. Devido a isso, a concorrência também tem aumentado na medida em que busca suprir ou se adiantar as novas exigências humanas. Tal tendência também tem afetado as igrejas. Tornamo-nos um público exigente.

 O que outrora era de importância para o culto ao Senhor, como um auditório simples, bem iluminado e de sonorização discreta, hoje não supre as demandas de um adorador mais exigente. Luzes, câmeras giratórias, canhões de luz, painéis de led, cor preta, estacionamentos, elevadores, climatização, sonorização de última geração, performances digitais, transmissões online, vídeos motivacionais, tudo isso e muito mais buscam satisfazer ao gosto mais exigente.

 Tal concorrência nos parece desleal, pois o que será daquela igreja com poucos recursos para tais investimentos? O que será daquela comunidade que se prima pela simplicidade do seu culto, onde os elementos litúrgicos servem apenas de coadjuvantes para exaltar a Cristo, seu evangelho e a comunhão dos santos? O que será da igreja que tem como centro do culto, Cristo, e não as exigências e modismos de um tempo egocêntrico, sensorial e humanista, onde as emoções tomaram o lugar da conversão e o show tomou o lugar da pregação? Mas não me interpretem mal. Não sou contra as inovações tecnológicas, os avanços científicos, a melhoria da qualidade e o aprimoramento do ambiente e espaço de culto. Tudo isso é lícito. O problema é quando tais implementações se divorciam da simplicidade que é devida a Cristo. O problema é quando começamos a avaliar uma igreja e seu ministério com base em tais investimentos e inovações.

As marcas de uma verdadeira igreja de Cristo estão claramente indicadas nas Escrituras Sagradas, a saber, a fiel pregação e exposição da Palavra, a correta administração dos sacramentos e a disciplina eclesiástica. Frequentemente o que encanta os homens não encanta a Cristo, e o que é elevado diante dos homens pode ser desprezado por Deus.

Luciano Rocha Guimarães


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