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Gambás, conhecidos popularmente como saruês, aparecem com mais frequência nesta época do ano e população é alertada a não matá-los


Por: Alex Fernandes França
Data: 01/09/2025
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Bióloga Eliane Picão da Silva Costa explica que o marsupial, aliado no controle de pragas, não representa risco às pessoas e pede respeito da população.

 Nesta época do ano, os gambás, conhecidos como saruês, circulam com mais frequência em busca de alimento e cuidado dos filhotes, e é fundamental que as pessoas não os matem, respeitando seu papel no equilíbrio ambiental - (Foto: Alex Popovkin/Wikimedia Commons) 

Com a chegada de setembro e a proximidade da primavera, é comum que os Gambás, conhecidos popularmente como saruês, sejam vistos com mais frequência nas cidades e áreas rurais. Segundo a bióloga Eliane Picão da Silva Costa, o aumento da circulação está ligado ao período reprodutivo e à busca por alimentos, já que muitas fêmeas estão cuidando de seus filhotes.

“O saruê é um marsupial, parente dos cangurus e coalas, e não um roedor, como muita gente pensa. Eles têm um papel fundamental no equilíbrio ambiental, alimentando-se de insetos, aranhas, escorpiões e até mesmo de carrapatos, ajudando no controle natural de pragas”, explica Eliane.

Além de prestarem esse serviço ambiental, os saruês possuem uma característica impressionante: são naturalmente resistentes ao veneno de cobras como cascavéis e corais. “Graças a essa resistência, eles foram fundamentais para o desenvolvimento de antídotos contra venenos de serpentes”, destaca a bióloga.

Outro aspecto importante é a forma de reprodução. As mães carregam os filhotes em uma bolsa abdominal, assim como os cangurus. “Por estarem com os bebês, muitas vezes esses animais atravessam ruas com mais lentidão. Infelizmente, acabam sendo atropelados. É essencial que a população tenha paciência e não os ataque, já que eles não oferecem perigo. Ao contrário, são animais tímidos e, diante da presença humana, sempre fogem”, acrescenta Eliane.

O medo e a perseguição ainda são os maiores desafios para a sobrevivência dos saruês. “Eles não transmitem raiva e não atacam pessoas. O que precisamos é desconstruir mitos e enxergar que esse animal é um aliado da saúde pública e do meio ambiente”, orienta a especialista.

Portanto, ao avistar um saruê, a recomendação é simples: não o machuque. Afaste-se, deixe-o seguir seu caminho e, se possível, compartilhe essa informação com vizinhos e conhecidos. Afinal, compreender o papel desse pequeno marsupial é também um gesto de respeito à vida e à natureza.


Anuncie com Jornal Noroeste
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