Alterações emocionais provenientes de cada trimestre da gestação
Muitas pessoas ficam confusas quando perguntam a uma gestante com quantos meses ela está, mas acabam recebendo uma resposta em semanas. Mas isso é necessário porque uma mulher que está à espera de um bebê sofre mudanças corporais diariamente como resultado do rápido desenvolvimento dessa criança. E cada trimestre de gestação, que é contado por semanas, tem suas alterações físicas e emocionais típicas desse momento.
No 1° trimestre (até a 13° semana), os primeiros sintomas físicos começam a surgir, mas como ainda é muito cedo para o crescimento da barriga, podem vir pensamentos do tipo: “Será que essa gravidez é mesmo real? ” Como cada dia mais tem se descoberto a gravidez mais cedo, na primeira ultrassom ainda nem se ouve o coração do bebê. Podem surgir ainda fantasias de que pode ocorrer um aborto, que o bebê não esteja bem preso ao útero ou culpa por ter ingerido alguma bebida alcoólica ou malhado muito (antes de descobrir que estava grávida) e isso acarretar em algum prejuízo para o feto.
As pesquisas indicam que o 2° semestre (14° a 26° semana) tende a ser o mais tranquilo de todos, pois os sintomas iniciais já desapareceram, já se descobriu o sexo do bebê e começa-se a sentir os tão esperados primeiros movimentos do bebê. Contudo, a vida sexual também passa a se modificar, com a gestação ocorre alterações anatômicas e fisiológicas dos órgãos sexuais femininos e isso pode mudar a resposta sexual desse casal frente a essa nova fase, o que muitas vezes leva a mulher e alguns homens a não quererem continuar tendo relações sexuais durante a gravidez. Mas ao menos que haja indicação para isso, especialistas apontam que levar uma vida sexual da maneira mais confortável agora, pode servir para manter esse casal mais unido durante toda a gestação e puerpério.
Com o 3° trimestre (a partir da 27° semana) podem surgir novas fontes de ansiedade. Mas uma em especial se destaca, o parto. Muitas vezes por falta de informação, a mulher teme qual tipo de parto escolher. Um parto cesárea, mas sem a real indicação médica ou um parto normal, em que junto vem o medo da dor, de sofrer violência obstétrica. É muito importante que esse casal se informe sobre os prós e contras de cada tipo de parto para que tome uma escolha consciente e que seja a melhor para eles. Além disso, pode vir as inseguranças sobre o que vem depois do parto, um filho. Por isso, o Psicólogo Perinatal pode atuar durante toda a gestação e puerpério como suporte para esse casal, não fazendo psicoterapia, mas com o Pré-Natal Psicológico, em que poderá ajuda-los a lidar com todas as inseguranças provenientes desse momento irreversível, ter um filho.