Na casa do suspeito foram encontrados diversos objetos pertencentes à Secretaria de Esportes Municipal que seriam usados para atrair menores de idade: meiões, medalhas, shorts, tênis, bolas e tênis estavam entre os itens.

                No sábado, dia 20 de outubro, Policiais Militares, em cumprimento de mandado de busca e apreensão pessoal e domiciliar, munidos de uma informação que dava conta do estupro de vulnerável, prenderam o gari W.F.S., que segundo ele próprio declarou, tinha acesso à quadra esportiva, e  outros ambientes públicos onde crianças e adolescentes se concentram e praticam esportes. Os tênis e outros objetos  seriam portanto destinados a  atrair alguns “moleques”. Em seguida, o homem foi encaminhado à Polícia Civil de Nova Esperança.

         Diante dos fatos, que geraram grande repercussão na comunidade floraiense, a reportagem conversou com o delegado Dr. Leandro Farnese Teixeria, responsável pela condução do caso. Segundo ele, “os objetos não foram autorizados pelo Secretário de Esportes, portanto não deveriam estar na casa do suspeito. Embora ele trabalhasse no setor de esportes, não era a origem do concurso ao qual este prestou. Ele foi preso em flagrante por peculato, pois tinha em sua posse objetos pertencentes ao patrimônio público, ou seja, que não lhe pertenciam. Provavelmente ele usava estes materiais, doando ou permitindo o uso  como forma de atrair adolescentes até sua residência. Em troca disso ele exigia a prática de atos libidinosos ou sexuais”, explicou Farnese.

                  Ainda segundo a polícia, os adolescentes com os quais o suspeito estava se envolvendo eram maiores de 14 anos. “Os que nós ouvimos não manifestaram terem sido vítimas de violência ou ameaça a ponto disso ser utilizado para a prática do ato libidinoso ou  sexual, ou seja, foi algo consensual. Ainda que tenha uma natureza homossexual, não se vincula a nenhum crime ou seja, acima de 14 anos com consentimento. Estamos investigando se há alguma outra vítima . Os crimes dizem respeito ao armazenamento de vídeos  com adolescentes, conhecido por crime de pedofilia na internet além do peculato em si, ”, reforçou  Dr. Leandro. 

Preso preventivamente, o suspeito já está respondendo por crime de peculato pode gerar até 12 anos de prisão e por armazenar imagem com adolescentes de conteúdo pornográfico, cuja pena pode chegar a três anos.