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Setembro Amarelo


Por: Luiza Graziela Santos Dias
Data: 10/09/2019
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Setembro é o mês dedicado a valorização da vida e a prevenção do suicídio. O suicídio entre crianças e adolescentes muitas vezes é visto como um tabu ou algo que não deve ser discutido. Mesmo sendo um assunto complexo, deve ser discutido, pois os jovens precisam aprender, desde cedo, a lidar com as questões humanas, as emoções e também frustrações. Muitos dos jovens têm dificuldades em identificar o que sentem e nomear suas próprias emoções.

Para identificar que algo não está bem, fique atento aos sinais:

- Apatia, falta de interesse nas atividades que antes gostava;

- Quedas no rendimento escolar sem motivo aparente, não quer ir à escola;

- Mudanças na alimentação, está comendo pouco ou demais;

- Apresenta dores físicas com frequência, como dor de barriga ou de cabeça;

- Apresenta dificuldades em dormir;

- Utiliza com frequência falas como: “eu sou um peso na vida das pessoas”, “ninguém gosta de mim”, “ não sirvo para nada”, “quero dormir e não acordar mais”, etc;

- Irritabilidade ou agressividade;

- Demostra não ter esperança no futuro;

- Isolamento social;

- Automutilação.

Esses comportamentos ou sintomas podem indicar que a criança ou adolescentes está passando por alguma situação que gera sofrimento como:

- Perda de um ente querido;

- Bullying e cyberbullying

- Dificuldades nas relações sociais;

- Pressão familiar, ambiente de muita cobrança;

- Abusos sexuais e emocionais;

- Violência sexual ou física;

- Abandono;

É importante destacar que nem tudo é doença mental, a tristeza é uma emoção normal do ser humano e todos já sentimos alguma vez na vida, por isso, devemos avaliar quanto tempo dura essa tristeza e esses sintomas, passando de duas semanas de permanência dos sintomas podemos considerar que não é somente uma tristeza passageira e que algo pode estar acontecendo. 

Para entender um pouco mais sobre o suicídio precisamos quebrar alguns mitos como:

MITO: Apenas pessoas com transtornos mentais têm comportamento suicida. 

VERDADE: Muitas pessoas vivendo com transtorno mental não apresentam comportamento suicida. E nem todas as pessoas que o cometem têm transtorno mental. 

MITO: Quem planeja suicídio quer acabar com a vida. 

VERDADE: A pessoa muitas vezes não deseja a morte, mas uma saída para seu sofrimento. 

MITO: Quem quer se suicidar não fica falando, só faz. 

VERDADE: Pessoas que falam sobre suicídio estão procurando ajuda ou suporte. 

MITO: A maioria dos suicídios ocorre sem nenhum sinal. 

VERDADE: Antes de se suicidar a pessoa dá sinais de alerta verbais ou comportamentais.

 Todas as ameaças de suicídio devem ser encaradas com seriedade, mesmo quando possam parecer falsas ou manipulativas. Ao observar mudanças de comportamento que fogem do normal e que permanecem por um período, o ideal é buscar ajuda profissional na área da saúde.

 

Luiza Graziela Santos Dias atua como Psicóloga na Policlínica Lavi, em Nova Esperança.

Luiza Graziela Santos Dias


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