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Não existe emoção ruim


Por: Luiza Graziela Santos Dias
Data: 23/06/2020
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Quando falamos de educação emocional devemos entender que ao ensinar sobre emoções devemos olhar pelo ponto de vista do nosso filho e não do adulto, devemos saber identificar o que ele está sentindo, sem julgamentos, pois aquilo que é bobagem para o você pode ser muito importante para ele.  Então não use frases como:

-Pare de chorar por isso;

-Criança não tem com que se preocupar;

-Quando chegar na minha idade vai saber o que é se preocupar;

-Vai lavar uma louça que passa;

-Isso é besteira;

Essas frases ignoram o que ele sente e passam a ideia de que não pode ou não deve se expressar, tendo a ideia que seus sentimentos e emoções não são importantes e devem ser ignorados, iniciando assim um potencial adoecimento, dificuldades em resolver problemas, explosões e descontroles.

Para auxiliar nosso filho, podemos ajudar a identificar a emoção sentida e tornando-a consciente. Quando ainda são crianças, podemos fazer isso nomeando cada uma das emoções e como nos sentimos em cada uma delas. Já na adolescência, podemos pedir que eles digam qual emoção está sentindo. Após uma boa compreensão sobre as emoções começamos a trabalhar formas de lidar com cada uma delas, sejam elas positivas ou negativas.  Para facilitar é importante que seu filho entenda que todas as emoções são normais e bem-vindas, pois todos nós as sentimos, seja criança, adolescente ou adulto. 

É necessário se conectar com seu filho para saber como agir, tentar se colocar em seu lugar, ter muita paciência e compreensão. Respeite e crie um ambiente adequado para estabelecer uma comunicação clara.

Na infância podemos trabalhar as emoções de forma lúdica, pois a criança aprende por meio da brincadeira, você pode:

-Pedir para a ela fazer desenhos de livre expressão;

-Brincar de mímica, imitando emoções;

-Ler histórias que falem sobre emoções;

-Tirar fotos da criança imitando cada emoção e criando um termômetro de emoções para usar no dia a dia;

-Ter um diálogo aberto em casa, facilitando que a criança fale sobre o que sente. 

Já na adolescência podemos:

-Abrir espaço para diálogo;

-Validar as emoções presentes;

-Dar valor ao que é falado;

-Mostrar interesse de verdade;

Dessa forma facilitamos o diálogo e deixamos que se expressem. E saber falar sobre as emoções, sem tabu, traz benefícios como:

-Proporciona autoconhecimento;

-Aumenta a percepção de controle sobre o que acontece;

-Facilita desenvolvimento social;

-Diminui os comportamentos agressivos;

-Reduz as possibilidades de consumo de substâncias, como álcool e tabaco;

-Reduz a porcentagem de condutas antissociais, autodestrutivas e evita os graves danos ocasionados por elas.

A felicidade e o bem-estar dos nossos filhos dependem de uma educação emocional de qualidade. Aprendendo a lidar com suas emoções e sentimentos, se tornam mais autônomos, responsáveis e alegres.  A Educação emocional permite um desenvolvimento mais completo e saudável. 

Luiza Graziela Santos Dias


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