Não existe emoção ruim
Quando falamos de educação emocional devemos entender que ao ensinar sobre emoções devemos olhar pelo ponto de vista do nosso filho e não do adulto, devemos saber identificar o que ele está sentindo, sem julgamentos, pois aquilo que é bobagem para o você pode ser muito importante para ele. Então não use frases como:
-Pare de chorar por isso;
-Criança não tem com que se preocupar;
-Quando chegar na minha idade vai saber o que é se preocupar;
-Vai lavar uma louça que passa;
-Isso é besteira;
Essas frases ignoram o que ele sente e passam a ideia de que não pode ou não deve se expressar, tendo a ideia que seus sentimentos e emoções não são importantes e devem ser ignorados, iniciando assim um potencial adoecimento, dificuldades em resolver problemas, explosões e descontroles.
Para auxiliar nosso filho, podemos ajudar a identificar a emoção sentida e tornando-a consciente. Quando ainda são crianças, podemos fazer isso nomeando cada uma das emoções e como nos sentimos em cada uma delas. Já na adolescência, podemos pedir que eles digam qual emoção está sentindo. Após uma boa compreensão sobre as emoções começamos a trabalhar formas de lidar com cada uma delas, sejam elas positivas ou negativas. Para facilitar é importante que seu filho entenda que todas as emoções são normais e bem-vindas, pois todos nós as sentimos, seja criança, adolescente ou adulto.
É necessário se conectar com seu filho para saber como agir, tentar se colocar em seu lugar, ter muita paciência e compreensão. Respeite e crie um ambiente adequado para estabelecer uma comunicação clara.
Na infância podemos trabalhar as emoções de forma lúdica, pois a criança aprende por meio da brincadeira, você pode:
-Pedir para a ela fazer desenhos de livre expressão;
-Brincar de mímica, imitando emoções;
-Ler histórias que falem sobre emoções;
-Tirar fotos da criança imitando cada emoção e criando um termômetro de emoções para usar no dia a dia;
-Ter um diálogo aberto em casa, facilitando que a criança fale sobre o que sente.
Já na adolescência podemos:
-Abrir espaço para diálogo;
-Validar as emoções presentes;
-Dar valor ao que é falado;
-Mostrar interesse de verdade;
Dessa forma facilitamos o diálogo e deixamos que se expressem. E saber falar sobre as emoções, sem tabu, traz benefícios como:
-Proporciona autoconhecimento;
-Aumenta a percepção de controle sobre o que acontece;
-Facilita desenvolvimento social;
-Diminui os comportamentos agressivos;
-Reduz as possibilidades de consumo de substâncias, como álcool e tabaco;
-Reduz a porcentagem de condutas antissociais, autodestrutivas e evita os graves danos ocasionados por elas.
A felicidade e o bem-estar dos nossos filhos dependem de uma educação emocional de qualidade. Aprendendo a lidar com suas emoções e sentimentos, se tornam mais autônomos, responsáveis e alegres. A Educação emocional permite um desenvolvimento mais completo e saudável.