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Violência antidemocrática e Resistência Democrática


Por: Rogério Luís da Rocha Seixas
Data: 16/01/2023
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Golpismo! Terrorismo! Independentemente dos termos, o que experenciamos na data de 8/01/23, expressou a condição de violência sob a qual a nossa democracia se encontra, ressaltando a urgente necessidade de promovermos uma resistência democrática contra este tipo de violência antidemocrática.

Violência antidemocrática, enquanto uma forma de violência manipuladora de corpos e mentes, que os utiliza para destruir e atemorizar. Terror e violência se unem, para paralisar as mentes e as ideias. Calar as bocas, que buscam o debate e a troca de ideias. Protestar! Reivindicar! São parte do processo democrático e inclusive, se expressam como formas de resistência contra suas ameaças. Contudo, usar a liberdade de protestar para utilizar da violência como modo de destruir a liberdade, não pode ser concebida e aceita em uma sociedade que se deseja democrática.

E como praticar uma resistência democrática contra a violência antidemocrática? A partir da participação de todos no processo democrático. Não deixando as questões públicas e pertinentes para nossa sociedade, apenas nas mãos dos governantes. Cobrando dos governos, seja no âmbito que for, sua efetiva e comprometida responsabilidade, em conjunto com o povo, na medida do possível, na prática de ações que consolidem cada vez mais nossa estrutura social, política e democrática.

Devemos assumir nossas responsabilidades, para tratar de modo concreto e efetivo, questões cruciais que a tempos nos atingem, como o racismo, a desigualdade social e sexual, a necessidade do fortalecimento das estruturas democráticas e seus poderes, assim como a maior e mais igual distribuição de renda. Promoção de postos de emprego para todos. Conjuntamente, precisamos lutar, para o estabelecimento das condições de educação para formação de gerações mais conscientes, a respeito de seu papel na democracia que queremos. A saúde como um bem e um direito de todos.

Estes são problemas que nos enfraquecem e abrem brechas para continuidade dos discursos e ações violentas contra a democracia, pois os que praticaram os atos violentos em Brasília, apontarão sempre que a democracia é fraca e pertence a demagogos. E se não assumirmos nosso papel na construção de uma resistência democrática efetiva, forneceremos toda a “razão” para que os atos de violência continuem e se intensifiquem.        

Rogério Luís da Rocha Seixas

Rogério Luís da Rocha Seixas é Biólogo e Filósofo Docente em Filosofia, Direitos Humanos e Racismo Pesquisador do Grupo Bildung/IFPR e-mail: rogeriosrjb@gmail.com


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