Quando construí este texto, para a nova exposição de ideias, exatamente na data do dia 21/01/23, em nossa sociedade comemora-se o dia nacional de combate à intolerância religiosa. Assinale-se que o combate a qualquer tipo de intolerância, assegura uma estrutura democrática mais sólida e forte. Em uma sociedade como a brasileira, marcada pela diversidade religiosa, enfrentar a intolerância religiosa, implica diretamente no reconhecimento e aceitação de outras formas de crença, superando-se preconceitos, discriminações e intolerâncias. Implica também em se respeitar e promover a liberdade de religião e de culto, enquanto direito individual e coletivo.

A promoção da convivência pacífica e respeitosa entre diferentes formas de religião e crença, permite o respaldo para uma verdadeira democracia, que se estrutura na diversidade e pluralismo social e cultural, respeitando os direitos humanos, como o do direito a ser livre na prática de liberdade religiosa e de crença. Afinal, em qualquer sociedade que se considere minimamente democrática, a intolerância religiosa se apresenta como agressão a liberdade religiosa que se expressa na condição de um direito subjetivo, relativo à singularidade dos indivíduos e a liberdade de uma comunidade religiosa.

         A intolerância continua presente e até mesmo crescente em sociedades atuais como a brasileira. Fato incompatível com uma sociedade como a nossa, marcada exatamente pela diversidade religiosa. Desta forma, comporta ou deveria comportar, oportunidades de crescimento pessoal e coletivo e, em última instância, estabelecer a possibilidade jurídica, social, ética e política para a construção de um ecumenismo, que possa congregar e reconhecer os direitos de pessoas de diferentes credos, buscando assim construir espaço para o diálogo e a cooperação para a aceitação da diversidade existente em nossa estrutura social e política. Penso que esta deve ser uma luta de todos nós, em nosso dia-a-dia e não apenas em uma data específica.