O português nosso de cada dia
Revolvendo pensamentos
me vejo enredada
em teias de palavras
que me alegram e entristecem
uma contradição cotidiana
pincelada de saudade
Frias, cinzas e finas
cada uma delas
me enovela numa trama diferente
E enredada
começo a me encartar
mas na verdade
são os versos que querem aparecer
Escabriada me sinto
mas nada posso fazer
ainda envolta nas teias
desconfiada insisto em permanecer
Não foi dicretado que cheguei até aqui
sei que isso é difícil de entender
porém é um decreto
que meus versos sonham fazer
Depois de revolvidos os pensamentos
uma gota de tristeza me invade
é o peso das palavras vazias
livres da saudade