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Não reflitam sobre esse texto – 1ª parte


Por: Jacilene Cruz
Data: 06/10/2025
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Jacilene Cruz

 

Já virou lugar-comum, e talvez isso ajude a não nos importar quando dizem que os professores estão adoecidos/adoecendo. Gostaria, enquanto professora, de dizer a vocês que estamos mesmo, adoecemos muito e muito rápido.

Em conversa corriqueira ontem, uma colega contou que assiste uma sala de aula onde 15 alunos são diagnosticados/laudados com transtornos. Vocês sabem o que isso significa? São, no mínimo, 16 estratégias diferentes apenas para uma turma. Se for professor de História, por exemplo, ministra 2 aulas por semana e, a depender da carga-horária, possui aproximadamente 13 turmas.

Imaginem quantos planejamentos, materiais didáticos, avaliações, explicações direcionadas e diferentes são feitas?  Sabe aquela conta cristã do setenta vezes sete? Só que o sete, nesse caso, possui valor indefinido e não uma quantidade específica.

Essa é a realidade do professor, aliás, das professoras!!! Somos em maioria esmagadora mulheres que estamos em sala de aula na Educação Básica.

Se veem nesse adoecimento uma questão de gênero, digo-lhes que a visão está muito, mas muito boa.

Não há nada errado na garantia dos direitos das pessoas que possuem necessidades específicas, pelo contrário. Porém até que ponto algo significativo está sendo garantido? Não estaríamos assistindo a um verdadeiro extermínio professoral?

Mas, como falei, não reflitam sobre isso.

Jacilene Cruz


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