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Por que reduzir?


Por: Jaqueline Pirão Zotesso
Data: 12/07/2019
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Você já parou para observar e refletir sobre a quantidade de resíduos que geramos em nossas atividades diárias? Não?! Calma...isso é normal! Até porque gerar resíduos e depois se livrar deles é algo que os humanos já fazem desde que deixaram de viver como nômades, portanto, já é uma atividade rotineira.

Quando passamos a habitar um local fixo, tivemos que conviver com os nossos próprios resíduos e começamos a nos incomodar com eles, procurando alternativas para destiná-los. Assim, enquanto uns jogavam seus resíduos no mar ou nos rios, outros queimava-os ou ainda os enterrava.

Espera! Parece que não evoluímos tanto assim, não é mesmo?!

De fato, a problemática acerca do gerenciamento de resíduos sólidos ainda paira sobre nós. E não é à toa, dado o aumento da quantidade de resíduos gerados e a sua diversificação, que passou a ser significativa a partir da revolução industrial. Ainda hoje, muitos produtos são criados e apenas quando eles se tornam resíduos é que se começa a pensar no que fazer com eles.

Nas cidades, a maioria dos bairros conta com um sistema de coleta de resíduos em que basta colocá-los em frente às casas para que em breve eles estejam bem longe. Ao tirar de perto algo que nos incomoda, temos a falsa percepção de que está tudo resolvido. Entretanto, é aí que reside o problema.

Há 15 anos, a ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) divulga anualmente o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, sendo que na última edição, referente ao ano de 2017, novamente foi constatado o crescimento na geração de resíduos sólidos urbanos em nosso país. Além disso, cerca de 10% dos resíduos gerados não são sequer coletados, permanecendo junto às habitações ou sendo lançados em corpos d´água.

Mesmo quando coletados, mais de 40% dos resíduos ainda são destinados de forma inadequada, ou seja, encaminhados para aterros controlados ou lixões. Isso sem levar em conta o fato de que, além dos REJEITOS, muitos RESÍDUOS também são encaminhados para lixões, aterros controlados ou aterros sanitários (veja a diferença entre os termos RESÍDUOS e REJEITOS no artigo anterior).

Bom, com esses dados já dá para entender o tamanho do problema, não é mesmo? A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305/2010, estabeleceu prazo de 4 anos para os municípios acabarem com os lixões. E advinha?! Isso não aconteceu.

Um projeto de lei aprovado no senado (PL 2289/2015) prorrogou de forma escalonada, de acordo com o número de habitantes dos municípios, os prazos para que eles se adequem à legislação. A nova previsão é de que em agosto de 2021 o Brasil esteja livre dos lixões.

Mas com o fim dos lixões acabam-se os problemas?! Não, pois se a Terra é a nossa casa, não há como jogar fora os nossos resíduos, pois não existe o FORA, certo?! Portanto, cabe a nós tentar não gerar resíduos ou reduzir a quantidade gerada.

Você sabe como fazer isso? Semanalmente, estou postando Ecodicas nas redes sociais do blog (Facebook e Instagram). Que tal seguir o blog Ecocientização e pôr em prática?!

 

Referência:

ABRELPE (Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2017. Disponível em: http://abrelpe.org.br/panorama/

 

Jaqueline Pirão Zotesso é Doutora em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pesquisadora da área ambiental. Atualmente cursando Especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Instituto Federal do Paraná (IFPR).

Jaqueline Pirão Zotesso


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