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“QUEM DIRIA QUE VIVER IA DAR NISSO”, DE MARTHA MEDEIROS


Por: Juliani Bruna Leite Silva
Data: 28/01/2021
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Caso você tenha estipulado como uma de suas metas para este ano, ler, ler mais ou criar o hábito da leitura. Ou caso você nem mesmo tenha se importado com o assunto, eu te digo que “Quem diria que viver ia dar nisso”, da escritora gaúcha Martha Medeiros, é uma ótima opção, para ambas as situações.  

Se você já tem contato com os livros, por intermédio do escrito de Martha, certamente você intensificará a leitura. O livro é apaixonante e leve!! Mas, se você não tem, o livro poderá servir como um estímulo para que você explore o mundo literário. Repito, o livro é apaixonante e leve!! Isso porque a obra em questão diz respeito a uma compilação de crônicas.

As crônicas são pequenos textos que tratam de acontecimentos rotineiros, aqueles episódios pelos quais o filme das nossas vidas transita todos os dias. Elas tendem a possuir um ar mais suave e por isso, o resultado propende a ser uma leitura prazerosa. O cronista é aquela pessoa que possui o dom de tirar uma lição valiosa, de circunstâncias extremamente simples – o inverso também é verdadeiro –. E a Martha? Bom, a Martha é uma cronista de mão cheia!!!

O livro conta com 107 crônicas e os temas são diversificados, tem um pouco de tudo. E até pode ser que você não aprecie muito determinados escritos, mas em compensação amará outros. Já de início, a autora apresenta a crônica “Nem todo mundo” e começa discorrendo acerca das diferenças, sejam elas referentes a gostos, a sentimentos, a vida. E se você parar para refletir por breves cinco minutos após a leitura, perceberá que, de fato, nem todo mundo tem as mesmas predileções, personalidades e os mesmos ímpetos. Nem todo mundo escolhe as mesmas lutas. Nem todo mundo luta da mesma forma. E por aí vai. E você compreenderá, então, a importância de um tão texto básico em meio a um mundo tão caótico, que tudo o que mais sabe, é não saber lidar com aquilo que é diferente.

“Acontecem coisas todos os dias. Quem lamenta já ter envelhecido não imagina os ineditismos que ainda estão por vir. Quem é um jovem sem perspectiva se surpreenderá com o que vai encontrar logo adiante. Quem tem uma rotina aborrecida não está enxergando direito. Acontecem coisas todos os dias, basta prestar atenção. Coisas acontecem quando menos se espera, que é o momento preferido dos acontecimentos [...]” – Parte da crônica “Acontecem coisas”.

 

Juliani Bruna Leite Silva

Juliani Bruna Leite Silva

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