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Você sabe onde está o seu amor por você?


Por: Rhuana Moura Pacheco
Data: 28/09/2023
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Busquei escrever sobre outro tema essa semana, mas como não falar sobre o Chico? Como não falar sobre os inúmeros relacionamentos terminados essa semana? Esses assuntos tomaram conta das nossas timelines nos últimos dias. Tenho certeza de que você ouviu por aí um “chico, se tu me quiseres, sou dessas mulheres de se apaixonar” ou tenha visto que casais famosos e de amores idealizados romperam suas relações.

O que tem acontecido com o amor? Aliás, o que tem acontecido com a visão do amor? Será que ele nunca existiu? Será que ele se foi? Será que se ama diferente? Será que eu sei amar? Será que eu sei ser amado? Que existem diversas formas de amor e constituições amorosas atuais, nós sabemos. Mas você sabe o que é amor para você?

Usando como exemplo o caso da Luísa e do Chico: Muito se disse e se ouviu sobre eles, antes mesmo que desse errado. “Foi marketing”, “Ela foi emocionada demais”. Diante destes comentários, te pergunto: Amar demais é exagero e amar de menos é aceitável? Qual tem sido o peso e medida utilizada para classificar o amor?

É comum que hoje olhemos para as relações com a exigência de cuidado e cautela para o envolvimento – evitando, assim, um possível sofrimento fadado pelas nossas escolhas: por uma saída da zona de conforto e/ou concessões, às quais, todo relacionamento está sujeito. Em contrapartida, classificamos com modelo relações antigas – muitas vezes, com diversas dificuldades, que eram tornadas invisíveis pelo casal, simplesmente para que a imagem não fosse prejudicada – e que hoje, tomadas pela mudança de cultura e liberdade possível, além da ruptura de estigmas e autoconhecimento, têm caído por terra e frustrado muitos de nós.

Concorda comigo que é contraditório vivenciar relações rasas almejando relações profundas e duradouras? Nós somos permeados pela dúvida e nossos desejos são, geralmente, reprimidos pela sociedade e valores. Por isso é tão importante que retomemos o questionamento do início do texto: Você sabe o que é amor para você?

Pouco adianta eu definir o amor pelo que a sociedade ou o meu companheiro esperam de mim. É válido que eu embarque em um relacionamento monogâmico se eu vou trair? É válido que eu mantenha um ficante porque ele não quer namorar, quando aquilo me gera sofrimento emocional e insegurança? É válido que eu entre em um relacionamento só para não ficar para titia? Estamos indo até que ponto pelo amor, ou melhor, pela sociedade?

Finalizo hoje com o questionamento que está no título do texto de hoje: Você sabe onde está o seu amor por você?  

 

Rhuana Moura Pacheco

Habla mesmo, psi


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