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Um ano novo com Deus


Por: Luciano Rocha Guimarães
Data: 18/01/2022
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“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10:10)

Um ano novo se inicia, e com ele uma promessa da parte de Deus e uma esperança da parte do homem: experimentar a vida abundante que Jesus oferece. Mas em que consiste essa vida? Por que muitos ainda não conseguiram experimentar tal dádiva? Talvez seja porque a forma de se relacionar com Deus esteja errada. Vejamos. 

Primeiro, há a vida sob Deus. Ela se expressa em seguir um padrão, uma regra, uma norma, um princípio para se alcançar o seu favor. O foco é o mandamento de Deus. Deus é confundido com a sua lei. A vida sob Deus subjuga aquele que vive na medida em que ele se esforça para ser aceito, com base em ordenanças e preceitos. É a vida de crédito e débito. Quem se relaciona assim com Deus corre dois perigos: o legalismo e o moralismo. Segundo, há a vida sobre Deus. Ela se expressa quando tratamos Deus como uma fonte de conhecimento e princípios que, se aplicados corretamente, conduz a vitória. Deus funciona como um inspirado coach com princípios que garantem que chegaremos lá. É uma espécie de auto-ajuda espiritual, pois o foco está no homem e não em Deus. Terceiro, há a vida de Deus. Nessa postura Deus é confundido com um grande criado mudo de luxo, em que retiramos os nossos desejos e vontades. São aqueles que amam e desejam as bênçãos de Deus, o benefício de Deus, mas pouco interesse têm pelo Deus das bênçãos. Em tal postura o homem se torna um consumidor da fé. A vida sobre Deus se apresenta alegre e consumista na medida em que recebem aquilo que desejam, caso contrário, se desencantam e rompem os laços. Há também a vida para Deus. Ela se expressa quando nos dedicamos integralmente à obra de Deus, sacrificando tudo ao nosso redor para tal empreendimento. A ênfase é o serviço. Aqui Deus é confundido com a obra de Deus, e não são poucos aqueles que se confundem, pois parece ser a coisa certa a se fazer. Contudo, não são poucos os que colhem frutos amargos de frustração e dor, chegando mesmo ao abandono da fé.

 Quando olhamos de forma geral, todas essas escolhas de vida têm o seu lugar. A vida sob Deus nos auxilia e seguir um caminho seguro, evitando trilhas perigosas. A vida sobre Deus nos oferece o conhecimento. A vida de Deus enfatiza as suas bênçãos, e Deus é rico em abençoar.  A vida para Deus é um chamado glorioso da qual o homem é sempre indigno. Contudo, há ainda uma quarta via que é a resposta correta a pergunta: por que não experimentamos a vida abundante que Cristo oferece? Essa quarta via é a vida com Deus. É uma vida de relacionamento não com a lei de Deus, embora perfeitos; não com os princípios de Deus, embora preciosos; não com as dádivas de Deus, embora maravilhosas; e nem com a obra de Deus, que é urgente; mas, sobretudo, uma vida de relacionamento com Deus. É isso em que consiste a vida abundante que Cristo promete. É isso que a Bíblia nos exorta desde o Velho Testamento: “Ele te declarou ó homem, o que é bom, e o que o Senhor pede de ti: que ames a misericórdia, que pratiques a justiça, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq 6:8). Notem o que Deus requer de nós: que andemos humildemente com Deus. O chamado de Cristo aos seus discípulos não foi diferente. Ele os chamou para junto dele. Ele os chamou, primariamente, para estarem com Ele (Mc 3:13,14). 

 A vida com Deus é o fundamento e o propósito mais elevado de Deus para o homem. Ela é a base em que se sustenta de forma correta nosso relacionamento com Deus, com sua Palavra, com suas ricas bênçãos e com sua gloriosa obra. Busque, em primeiro lugar, ter uma vida com Deus, e todas as outras coisas te serão acrescentadas (Luciano Rocha).

Luciano Rocha Guimarães


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