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Sétima Arte - Toy Story 4


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 21/06/2019
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“Amigo estou aqui!” Basta cantarolar esse trechinho da canção para que os mais nostálgicos tenham um turbilhão de sensações e lembranças. É incrível como Toy Story passou a fazer parte da história de vida de muitas pessoas nas últimas décadas. Unindo emoção com ação, a trama sobre os brinquedos figura entre as obras mais queridas da Pixar e agora seus personagens voltam ao cinema com um quarto capítulo. Tudo sobre Toy Story 4 você encontra aqui na Coluna Sétima Arte.

Acredito que para falar sobre Toy Story 4 é preciso fazer uma recapitulação dos filmes anteriores, até para que você esteja bem situado na construção da história e na apresentação dos personagens. Tudo começa em 1995, com o primeiro Toy Story, é ele que dá início a história de Buzzlightyear, um patrulheiro do Comando Estelar, e do caubói Woody. O segundo filme, lançado em 1999 introduzia novos personagens, que viriam a fazer parte integral da trupe de brinquedos, dentre eles estavam a vaqueira Jessie e o cavalinho Bala no Alvo. Já a terceira parte de Toy Story, lançada em 2010, explorou ao máximo a capacidade emotiva do público, gerando até mesmo certo desconforto em boa parte dos fãs que estavam acostumados com o andamento da trama. Mas, sem dúvida alguma, foi um desfecho digno para uma franquia tão amada ao redor do mundo.

Quando foi anunciado um quarto capítulo de Toy Story, muita gente torceu o nariz, inclusive eu. Para que ressuscitar algo que teve um começo, um meio e um fim tão magistral? A impressão que se tinha é que tudo o que precisava ter sido contado sobre os brinquedos quase humanos da trama já havia sido feito. Mas essa sensação de desconfiança caiu por terra logo no primeiro teaser (um recurso do marketing que permite apresentar um produto, ou uma obra, para despertar curiosidade, em relação ao cinema o teaser é bem menor e menos complexo do que um trailer), a música e a cena bem construída, com os brinquedos aparentemente flutuando, apertou certeiramente o botão da saudade e muita gente passou a se animar com a volta de Toy Story, inclusive eu.

Essa semana esse filme chega aos cinemas e ele marca a estreia de Josh Cooley na direção de longas. Cooley é conhecido por ter sido o co-roteirista de Divertida Mente, bem por isso ele leva o humor sutil de sua obra anterior para a sequência de Toy Story. Um aspecto interessante sobre sua forma de dirigir é que ele deixa para trás a complexidade dos personagens e seus dilemas internos, para incluir sequencias de ação, perseguição e resgate. O filme está mais simples, mas muito bem feito em todos os sentidos. Analisando superficialmente parece ruim, mas no final, não é! Isso porque essa particularidade faz com que Toy Story 4 tenha realmente ares de filme infantil, fazendo com que o público não esteja tão focado em filosofar sobre sua vida ao longo da trama, mas em aproveitar o que se apresenta na tela. Ele entrega o que promete. 

Além disso, seu final, bastante agridoce, diga-se de passagem, respeita o magistral final do terceiro filme e dá espaço para que os possíveis spin-offs possam surgir. Toy Story 4, revisita sua própria história na medida certa, preenche as lacunas dos acontecimentos, introduz novos personagens e reformula outros com um cuidado quase cirúrgico, tudo para o bom andamento da trama. Para o sucesso disso tudo, a dublagem acabou se tornando uma grande aliada. Por isso, tanto a versão original que conta com grandes nomes, dentre eles Keanu Reeves e Jordan Peele que estreiam na franquia, quanto a dublagem brasileira, que agora ganhou a adição de Marco Luque no elenco, fazem bonito e garantem a expressividade de cada personagem. Vamos à trama!

Agora morando na casa da pequena Bonnie, Woody apresenta aos amigos o novo brinquedo construído por ela na escola: Garfinho, baseado em um garfo de verdade. O novo posto de brinquedo não o agrada nem um pouco, o que faz com que ele fuja de casa. Decidido a trazer de volta o atual brinquedo favorito de Bonnie, Woody parte em seu encalço e, no caminho, reencontra certos personagens, que agora vivem em um parque de diversões. Além disso, surge espaço para novos amigos e para uma antagonista bastante interessante.

Por que ver esse filme? Porque o filme garante a qualidade Pixar de sempre e é engraçado e emocionante em medidas certeiras. Traz uma história envolvente com qualidade técnica excepcional. Além disso, é extremamente prazeroso ver esses personagens tão queridos de volta à tela grande. Aproveite a oportunidade, leve as crianças ao cinema e desfrute desse grande filme. Boa sessão!

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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