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Sétima Arte - Superação – O Milagre da Fé


Por: Odailson Volpe de Abreu
Data: 12/04/2019
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Ontem estreou o filme Superação – O Milagre da Fé e muita gente está interessada em assisti-lo no cinema, isso porque esse longa ganhou repercussão nacional depois que o atual presidente da república, Jair Bolsonaro, resolveu cancelar sua agenda presidencial para ir ao cinema em pleno dia útil assistir a esse filme. O que esse filme tem de tão importante a ponto de fazer o presidente do Brasil faltar ao trabalho para vê-lo você descobre agora, na Coluna Sétima Arte.

A Semana Santa está chegando e, bem por isso, a indústria do cinema aproveita o clima de comoção e fé que envolvem esse período para lucrar um pouco mais. Dessa forma, todos os anos temos pelo menos um filme religioso estreando nessa época. Esse ano não foi diferente, mas o conteúdo e a forma do filme sim. Geralmente as produções lançadas próximas à Páscoa trazem para o cinema as histórias da Bíblia em tom épico, mas dessa vez, a grande estreia segue uma outra tendência de filme religioso, muito mais atualizada e que tem se tornado um ótimo nicho de lucro nos últimos anos.

Já adianto logo de cara, que esse não é o meu tipo preferido de filme e que não me agrada a forma como eles são executados, pois, muitas vezes, eles acabam abrindo mão da arte para dar espaço a uma ação proselitista. Mas, independentemente do que eu (pobre mortal) considero, esses filmes que apresentam a fé, as crenças e a superação de pessoas comuns no contexto atual, têm levado multidões aos cinemas e tem agradado ao público principalmente pelo recurso da emoção. Superação – O Milagre da Fé se encaixa nessa categoria, mas tem a seu favor o fato de ser uma história verídica, isso dá outro peso ao longa em questão e faz com que todo o público, inclusive eu, tenha um apreço maior pelo filme. 

Histórias religiosas sobre fé e superação tendem a subverter a ordem natural das coisas para ressaltarem os milagres. Esse exagero místico faz com que os críticos e o público mais cético vejam suas histórias como inverossímeis ou pouco plausíveis e muitos tendem a ressaltar que eles acabam sendo um desserviço. Aqui, por mais que a história, aparentemente, seja fantasiosa, por ser baseada em fatos, faz com que os mais céticos olhem com outros olhos, afinal tudo o que está sendo mostrado realmente aconteceu e por isso a ideia de pieguismo cai por terra.

O filme é produzido por DeVon Franklin, o mesmo de Milagres do Paraíso, já a direção ficou a cargo de Roxann Dawson e ela conseguiu apresentar um filme que trabalha a fé de forma respeitosa, mesmo apresentando todos os clichês possíveis que isso possa envolver. Já vi outros filmes desse mesmo tipo, como Desafiando Gigantes, A Virada e muitos outros e todos tendem a trabalhar as atitudes de fé das pessoas como algo não natural e que foge ao que estamos acostumados em nosso cotidiano. Em Superação – O Milagre da Fé é diferente, tanto que, mesmo quando ele apresenta uma mobilização massiva da cidade em busca de um milagre, isso não incomoda tanto quanto em outros filmes. O crédito por isso, não deve ficar só por conta da direção, mas deve ser dividido também com Grant Nieporte, que fez muito bem a adaptação do livro de Joyce Smith para o cinema.

Se os profissionais técnicos envolvidos no filme dão uma aula de competência, os atores não ficam para trás, principalmente a protagonista, interpretada por Chrissy Metz, que tem brilhado na série This is Us, ela leva sozinha o filme inteiro nas costas e é a excelência de sua interpretação que faz com que a personagem de Joyce Smith seja tão marcante. Outro destaque é o pastor interpretado por Topher Grace, que esteve recentemente no premiado Infiltrado na Klan, ele é um dos principais suportes emocionais para a protagonista do desenrolar da história.

Vamos à trama! John Smith, um menino de 14 anos, passeava com a família em uma manhã de inverno no Lago St Louis, no Missouri, quando, acidentalmente, sofreu uma queda e se afogou. Chegando ao hospital, John foi considerado morto por mais de 60 minutos até que sua mãe, Joyce Smith, juntou todas as suas forças e pediu a Deus para que seu filho sobrevivesse. Sua prece poderosa foi responsável por um milagre inédito. 

Por que ver esse filme? Porque ele é uma obra sobre fé capaz de emocionar a todos, crentes e descrentes. Porque mesmo apresentado todos os clichês possíveis para o gênero ele não perde nada em qualidade e narrativa, principalmente porque traz uma mensagem de esperança muito positiva para o contexto atual. Caso você, diferente do presidente, não possa faltar ao trabalho durante a semana para ir cinema, organize-se e aproveite seu tempo livre do fim de semana, pois vale muito a pena! Boa sessão.

Odailson Volpe de Abreu


Anuncie com Jornal Noroeste
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