São tantos os serviços que nós necessitamos, que recebemos, mas que muitas vezes não valorizamos as atividades dessas pessoas.

Quem são eles? Como iniciaram nessas atividades?

Vou falar sobre várias profissões, mas hoje devo falar sobre o coletor.

Vocês sabem quem são os coletores?

Um termo que se popularizou no Brasil para esses profissionais é o de “lixeiro”. Na realidade esse termo é bastante pejorativo e de uma forma errada é usado para os trabalhadores coletores. Na realidade, lixeiro somos nós que produzimos o lixo, muitas vezes em excesso e de forma errada. O termo coletor integra uma nobre categoria de trabalhadores que além dos coletores de lixo orgânico, também os garis, que inclui os varredores, limpadores de bueiros, retirada de folhas, flores, galhos de ruas, além dos coletores de lixo reciclável. Esse termo não é recente. Podemos citar esse termo da época do império, onde no Rio de Janeiro, desempenhavam atividades de limpeza da cidade, principalmente após a passagem dos animais, recolhendo os dejetos desses.

Vamos imaginar, uma época onde não existia o esgotamento sanitário, nem em fossas e muito menos em canos. Nesse passado que não está muito distante de nós, existia os profissionais que limpavam os dejetos dos mais ricos. Daí surgiu um termo curioso. “Escravo Enfezado”, onde esses escravos eram responsáveis por levar grandes toneis de dejetos (fezes) para lugares distantes das casas ricas. Vocês conseguem imaginar esses toneis, muitas vezes sem tampas, jogando de um lado para o outro, como ficavam o corpo desses escravos? Sim. A imaginação de cada um falará.

Hoje, apesar desses profissionais trabalharem com roupas adequadas, ainda encontramos o desrespeito para com eles, por desconhecer a importância de sua atividade.

Hoje, não temos esses extremos, mas muitas pessoas, não se preocupam em armazenar de forma adequada o lixo, como também o horário adequado da coleta, ficando mais tempo que o necessário até a coleta, colocando diretamente na calçada, permitindo que animais de rua, que não deveriam estar na rua, rompam o saco destinado a armazenamento, dificultando a coleta.

Outra situação que sempre se fala é os objetos perfuro cortantes que são colocados dentro de sacos plásticos e permitindo um risco de acidentes para com os coletores.

Temos que agradecer sempre esses profissionais que realizam um serviço essencial para todos e para que possamos estar saudáveis. No passado, não era assim e lixo comum era muitas vezes queimados no fundo do quintal, produzindo poluição e mal cheiro. Aliás, em Nova Esperança, ainda vemos alguns casos assim, que as pessoas irresponsáveis insistem em queimar lixo em casa.

Muitas doenças eram originárias de maus cuidados com o lixo, pois atraiam roedores e insetos que se proliferavam nesses ambientes. Muitas vezes o acúmulo de lixo atrai insetos como a barata, que é um dos alimentos do escorpião. Assim quando somos picados por escorpião, pode ser pelo acúmulo de lixo no quintal. O lixo orgânico também pode atrair ratos, que podem estar infestados de pulgas e essas podem carregar as bactérias Yersinia pestis que é a causadora da doença peste bubônica, que afetou grande parte da Asia e Europa.

Portanto, deixar nossas casas e quintais limpos, sem lixo orgânico, previne doenças graves que podem levar a morte.

O dia 20 de setembro, é comemorado o dia do coletor de lixo, profissional essencial pelo importante trabalho realizado diariamente em nossas cidades.

Uma cidade limpa é sinônimo de cidade com população saudável.

Qual será a próxima profissão que vou falar? Muitas profissões que hoje não existem mais, pelo fato do avanço das tecnologias se tornaram dispensáveis. Mas podemos ter certeza de que a dos coletores de lixo, ainda será necessária por muitos anos.

Quem sabe vocês gostariam de sugerir alguma profissão, então podem responder nas minhas redes sociais e aqui nas redes sociais do Jornal Noroeste.