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Será que 2020 terminará?


Por: Rogério Luís da Rocha Seixas
Data: 08/12/2020
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Peço desculpas aos gentis leitores desta coluna pelo título um tanto descabido, mas o que proponho para esta nova exposição de ideias apresenta como eixo central de reflexão a seguinte questão: o próximo ano ou os próximos anos, expressarão mudanças positivas em diferentes setores da existência humana, ou o novo normal de alguma forma, reproduzirá 2020? Se posso colocar uma pergunta mais objetiva: será que aprenderemos algo com tudo que estamos passando em 2020 e nos esforçaremos para mudar, ou no fim das contas muito deste, só se tornará uma reprodução disfarçada de algo novo? Não estou me referindo apenas à pandemia da Covid-19, mas as outras formas de pandemia que foram desveladas: a política, a ética, a econômica e a social. Por este motivo, confesso que me incomoda quando ouço o termo “novo normal”, pois parece que reproduziremos de fato o que era considerado enquanto normal, ilustrando-o como se fosse algo “novo”. Penso assim que não devemos nos prender ao mero “novo normal”, arriscando-nos a carregar muito de 2020 conosco. Obviamente que não podemos acreditar em alterações de um dia para o outro.  Não se faz aqui referência à “milagres”, mas sim à necessidade de escolhermos se 2020 terminará ou se permanecerá como um tipo de espectro que continue a nos assombrar por um longo tempo.

Rogério Luís da Rocha Seixas

Rogério Luís da Rocha Seixas é Biólogo e Filósofo Docente em Filosofia, Direitos Humanos e Racismo Pesquisador do Grupo Bildung/IFPR e-mail: rogeriosrjb@gmail.com


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