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Pitiríase Rósea de Gilbert: você já ouviu falar?


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 27/04/2023
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O verão se foi dando lugar ao outono. E nesta época do ano é comum aparecer casos de pitiríase rósea de Gilbert nos consultórios dermatológicos. Mas, o que vem a ser a pitiríase rósea de Gilbert?

         A pitiríase rósea de Gilbert é uma erupção de pele, caracterizada por manchas avermelhadas ou rosadas, é benigna e autolimitada. Porém, pode ou não causar muita coceira e demorar várias semanas para desaparecer.

         Assim como uma gripe comum que vem e logo passa, a pitiríase rósea de Gilbert pode aparecer quando a imunidade abaixa, é conhecida em meio aos dermatologistas como “gripe da pele”, pois, como ela vem, ela vai embora sem deixar marcas em 6 a 8 semanas, podendo alguns casos chegar a 12 semanas.

         Não é transmissível. Não se sabe a causa exata, mas estudos apontam como agente causador algumas vacinas, medicamentos, e os vírus da família do herpes vírus humano, tais como: o herpes vírus 6 (HHV-6), e o herpes vírus humano 7 (HHV-7).

         Pode surgir em qualquer época da vida, mas é mais comum entre os 10 e 35 anos de idade, acomete ambos os sexos, mas é mais frequente nas mulheres do que nos homens. Aparece com mais frequência no outono e na primavera.

         Geralmente ela se inicia com uma única lesão no tronco, abdômen, ou no tórax, chamada de placa mãe ou medalhão, de forma arrendondada ou ovalada, com aproximadamente 2 a 5 cm de diâmetro, suas bordas são bem delimitadas e de cor rosada, em pessoas com pele mais escura a cor pode ser arroxeada ou cinzenta.

         Alguns dias antes do surgimento da lesão algumas pessoas podem sentir: dor de garganta, mal-estar, dor de cabeça, diarreia ou dores no corpo.

Passados alguns dias surgem múltiplas lesões (dezenas a centenas) semelhantes a placa mãe, porém, bem menores, chamadas de lesões filhas, elas se disseminam pelo corpo, mas, se limitam ao tronco e à raiz das pernas e região das virilhas. Raramente e é incomum aparecer nas extremidades.

Embora possa assustar pelo aspecto, e incomodar por coçar muito, ela se cura espontaneamente, mas pode demorar. As recidivas são raras, cerca de 3,7%.

Não há tratamento específico para a pitiríase rósea de Gilbert, então, o tratamento limita-se a aliviar os sintomas causados. Uso de anti-histamínicos, fototerapia, e hidratantes são indicados, sempre com orientação médica.

Outras patologias podem ser confundidas a saber: dermatofitoses, sífilis secundária, psoríase gutata, hanseníase, HIV entre outras, por isso, é de fundamental importância procurar um dermatologista caso apareça alguma lesão, para que ele possa descartar e confirmar o diagnóstico correto, nunca se automedique.

E se a erupção acontecer durante uma gestação, além do dermatologista, a gestante deve ser acompanhada por um ginecologista.

Portanto, nunca se automedique. Procure sempre um médico(a), caso tenha algum problema na pele. Cuide-se.

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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