Pingos e Respingos
Opinião do Blog
Discurso de Bolsonaro na ONU foi recheado de "fake news"
O discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, terça feira última, (22), feito pelo presidente Jair Bolsonaro, foi recheado de um verdadeiro combo de "fake news." Para nós que já estamos por aqui acostumados com as "fakes" do presidente, se fizermos um levantamento daquilo que o presidente falou, poderíamos classificar como um autêntico "playlist das fakes" que ele fala para os brasileiros quase que diariamente. Nós vamos comentar aqui apenas algumas coisas que vimos e ouvimos, quando ele disse que "os índios e caboclos " sãos os responsáveis pelos incêndios na Amazônia, livrando a barra dos grileiros, pecuaristas, garimpeiros; isentou a si mesmo de responsabilidade pela desastrosa política contra a Covid-19, terceirizando a culpa para governadores e prefeitos; disse que adotava uma política de tolerância zero contra crimes ambientais, quando na verdade, seu governo faz o contrário: ataca servidores públicos do Ibama e Instituto Chico Mendes que tentam cumprir a lei. No Pará, há um ano, chegaram a instituir o " Dia do Fogo" em que fazendeiros, empresários e apoiadores do governo federal, tocaram fogo na floresta amazônica em vários locais. Um ano depois, ninguém foi preso. Muitos afirmavam que tinham as costas largas para tal atitude. Aliás, a própria Polícia Federal disse que os incêndios na Amazônia e no Pantanal são criminosos. Disse ainda que deu um auxílio emergencial a mais de 60 milhões de brasileiros no valor de quase mil dólares para cada um. Por que mentir deste jeito presidente? A imprensa caiu de pau e já se fala em fazer um relatório das mentiras ditas por Bolsonaro, levando as verdades ao conhecimento da ONU. Na realidade, Bolsonaro está fazendo das "fakes," uma marca de sua administração. Hoje, o brasileiro vive em um país em que não mais se distingue verdade e mentira! "Fato ou Fake!". Vivemos num país, onde a Covid-19, que já matou quase 145 mil pessoas, foi taxada de uma "gripezinha."-
Política ambiental do governo vai de mal a pior e prejudica o Brasil
O vice - presidente Hamilton Mourão, quando assumiu a coordenação do Conselho da Amazônia, em fevereiro deste ano, todos nós pensávamos que, finalmente, teríamos uma guinada na política ambiental brasileira. Pressionado pelos investidores estrangeiros que começaram a se afastar do país, diante de tanta devastação e a visível falta de comprometimento com o meio ambiente, tínhamos certeza de que Mourão iria fazer uma dura ofensiva aos responsáveis pelos desmatamentos, queimadas, prender os garimpeiros e grileiros, prender os autores dos incêndios e preservar as terra indígenas, além de dar maiores e melhores condições de trabalho aos brigadistas e funcionários do Ibama. Sete meses depois, as previsões sobre o vice-Mourão mostraram totalmente equivocadas, com atitudes fraquíssimas para o cargo. Os desmatamentos e os incêndios se aprofundaram, acrescentando as queimadas catastróficas no Pantanal, com imagens estarrecedoras. Na opinião desta coluna, o vice Mourão ao invés de acelerar providências para pelo menos amenizar a situação, dedicou-se a negar a gravidade da situação, dando entrevistas ridículas, criticando dados oficiais de órgãos especializados, como o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com aquela máscara do Flamengo. Que coisa horrorosa! Esta atitude do Mourão pode até ser compatível com a ideia do presidente Bolsonaro, pois quando na campanha presidencial, falava em aumentar a área de produtividade agrícola na Amazônia, inclusive usando as terras indígenas, já que ele sempre questionou a quantidade de terra daqueles povos. Aliás, Mourão não apita nada! Chega a ser ridículo dizendo que os incêndio da Amazônia e do Pantanal não seguem o padrão dos incêndios da Califórnia. É lamentável! A atitude do governo federal em relação aos desmatamentos e queimadas seguem a mesma linha da atitude governamental em relação a pandemia pelo coronavírus, ou seja: NENHUMA!
Os Estados Unidos usam o Brasil para atacar o governo da Venezuela
O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que "o Brasil e os Estados Unidos estão alinhados na busca por restabelecer a democracia na Venezuela, de onde cerca de 4 milhões de pessoas, segundo a ONU, já deixaram aquele país, vindo para o Brasil e outros países, fugindo das péssimas condições sociais do país governado pelo presidente Nicolás Maduro, além de acusado de crimes contra a humanidade. A visita de Pompeo, segundos analistas, neste momento, serve para fazer política em benefício de Trump, com o apoio do governo brasileiro, para obter votos dos latinos nas eleições americanas. Pompeo visitou também, Colômbia, Guiana e Suriname, países que fazem divisa com a Venezuela.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou duramente a visita do Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, em Boa Vista, Roraima, divisa com a Venezuela. "Faltando pouco mais de 40 dias para as eleições americanas, não condiz com a boa prática diplomática da política internacional e afronta as tradições de autonomia e altivez de nossas políticas externa e de defesa," disse Maia em comunicado."Vejo-me na obrigação de reiterar o disposto no Artigo 4º da Constituição Federal, em que são listados os princípios pelos quais o Brasil deve orientar as suas políticas internacionais." Em especial, cumpre ressaltar os princípios da: (I) independência nacional; (III) autodeterminação dos povos; (IV) não intervenção; (V) defesa da paz." Maia citou ainda o patrono da democracia brasileira, Barão do Rio Branco, afirmando que "ele deixou um legado de estabilidade em nossas fronteiras e de convívio pacífico e respeitoso com nossos vizinhos da América do Sul e que esta herança deve ser preservada com zelo e atenção, uma vez que constitui um dos pilares da soberania nacional e verdadeiro esteio de nossa política de defesa." Por tais declarações e posicionamento, Maia vem recebendo total apoio de ex chanceleres do país. Na verdade, os americanos querem invadir Venezuela, um dos grandes produtores de petróleo do mundo, usando o Brasil e o "fantoche Guaidó" para tal invasão. Se os americanos quisessem mesmo ajudar a Venezuela, existem tantos outro caminhos, sem necessidade do uso da força.
Coisas do Cotidiano
• "Fora Bolsonaro," disse a atleta do vôlei de praia, em Saquarema, RJ. Em entrevista ao SPORT TV, a atleta Carolina Salgado Collet Solberg, 33 anos, disse: "e para não esquecer: fora Bolsonaro." Carolina disse que "não sou ativista, o ato foi espontâneo e eu precisava me posicionar. Apenas exerci a minha liberdade de expressão. Muito angustiada com estas situações toda do país. Estou bem mais leve agora";
• Izabel Salgado, ex campeã de vôlei, mãe da atleta Carolina Salgado, disse: "como calar diante de um governo que manda "passar a boiada" enquanto a imprensa está preocupada com a pandemia e o pantanal sendo queimado de forma criminosa, enquanto há desprezo pela educação, total desmonte da cultura, imprensa sendo atacada e ameaçada, a ciência sendo ignorada diante de uma pandemia de 140 mil mortos chamada de "gripezinha?" Isso é intolerável, afirmou Izabel;
• Brasília ganha um outdoor com trecho do discurso de Lula de 7 de setembro que encantou o mundo;
• Subserviente ao governo americano de Donald Trump, "Bolsonaro vai aumentar em 500 bilhões de reais a mais em dez anos. O orçamento das Forças Armadas, que serão pagos pelos brasileiros, para a compra de armamentos. Um dos motivos é que o governo Bolsonaro cogita em guerra contra a Venezuela," disse Fernando Haddad;
• É engraçado você ouvir do presidente Bolsonaro a afirmação " que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente." E as queimadas no Pantanal, Amazônia, Cerrado, a morte de milhares de animais, são frutos da preservação ambiental do governo federal? Mais um "fake";
• Bolsonaro atacou os professores, numa "live" em 17 de setembro, afirmando "que os professores não querem trabalhar.";
• Para a OMS, omissões e negligências pioraram a crise da pandemia no Brasil que poderia ter sido evitada. Já são 140 mil mortes pela Covid-19;
• Depois da vinda de Mike Pompeo, Secretário de Estado do governo Trump, o Brasil decretou "personas non gratas" ao embaixador da Venezuela, funcionários da embaixada e dos consulados. Como o Brasil está acostumado a ser colônia, pois já foi colônia de Portugal, ser colônia dos Estados Unidos não tem problema nenhum!
• "Maconheiros" - O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, chamou os professores de "maconheiros." O ex senador Roberto Requião disse: "seria a mesma coisa que chamar os oficiais do exército de "traficantes de cocaina" por ter sido encontrada a droga com um militar em uma viagem no avião presidencial. Chega de bobagens." O professor de história Rodrigo Elias, "disse não estar enquadrado de ser maconheiro, mas muito pior general Heleno é ter ido ao Haiti matar dezenas de negros e pobres e roubar dinheiro público do Comitê Olímpico do Brasil" (COB)". O general Heleno esteve a frente de uma missão no Haiti e comandou uma mortandade de negros e pobres indefesos naquele país. Minha falecida mãe já dizia: "meu filho, quem diz o que quer, houve o que não quer."
Entrelinhas
***Não deu outra. As aglomerações de 7 de setembro resultaram em aumento da Covid-19 no país, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro. Mesmo assim, o prefeito Crivella e o Flamengo querem o retorno das torcidas no Maracanã. Que absurdo! ***Fumaça das queimadas do Pantanal e Amazônia avançam mais de 4mil km e atingem Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina. ***Acovardou-se: o senador Flávio Bolsonaro não compareceu a acareação com o empresário Paulo Marinho que compareceu ao local (Ministério Público Federal-RJ) munido de farta documentação. ***"Já estamos cansados das mentiras do presidente," quando disse na campanha que "não iria aumentar impostos." Vem aí a nova CPMF. ***O presidente, que gosta da Bíblia, parece se identificar com a frase, segundo o jornalista Leonardo Sakamoto: "eu sou o caminho, a verdade e a vida" (João, capítulo 14, versículo 6).