Violência contra a mulher no Brasil, acontece em todas as camadas sociais e em qualquer lugar

Em um país onde apenas 8% dos municípios brasileiros tem delegacias da mulher, era de se esperar que o Brasil ocupasse o 5º lugar no mundo entre os países com maior taxa de feminicídio.  Este assunto já vem ganhando espaços nas mídias há tempo, e este ano, em apenas dois meses, o número de feminicídio aumentou assustadoramente. É namorado que mata namorada.  Marido que mata mulher.  Marido que mata a ex  mulher  e  o seu novo companheiro, mulher que é espancada pelo namorado que conheceu na internet, etc.  Mas o que é feminicidio?  Seria a agressão física ou psicológica, como abuso ou assédio sexual, estupro, escravidão sexual, torturas, mutilação genital, negação de alimentos e maternidade, espancamentos, entre outras formas de violência que geram a morte da mulher, podem configurar o feminicídio.  Como se vê, o feminicídio, classificado como crime hediondo no Brasil,  é configurado quando é comprovado as causas do assassinato, devendo este ser exclusivamente  por questão de gênero ou seja, quando uma mulher é morta simplesmente por ser mulher.  Pode ser que o feminicídio seja uma forma extrema de misoginia, ou seja,  ódio e repulsa às mulheres ou contra tudo que seja ligado ao feminismo. Levantamento feito recentemente  pela Folha de São Paulo mostra que 71% das mulheres vítimas de feminicídio ou tortura foram atacadas pelo companheiro ou ex.  O inconformismo com o fim do relacionamento é o principal motivo para as agressões ou assassinatos.  Outros dados levantados foram impressionantes onde mostram que 536 mulheres são vítimas por hora de qualquer ação de violência sexual; 2 delas morrem  a cada hora. O número de mulheres que sofreram espancamento é assustador (1,6 milhão). A violência doméstica  chega a 76%. Como a mulher  está sendo assediada sexualmente nas praias, metrôs, ônibus, espancadas  quando vão ao trabalho, nas ruas ou mesmo em casa, é de se perguntar: qual é o lugar seguro para a mulher em nosso Brasil?

Acordo bilionário cria fundação composta por Ministério Público Federal de Curitiba, Petrobrás e  autoridades dos Estados Unidos

O ministro  Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF),  afirmou que " a mesclagem do público com o privado, não interessa ao Estado, não interessa a sociedade. É pernicioso fazendo surgir um super órgão, inviabilizando o controle fiscal. É a perda de parêntese,  é o descontrole, é a bagunça administrativa. É a Babel". Tudo isso é porque a Lava Jato da República de Curitiba (Ministério Público Federal), liderada por Deltan Dallagnol,  quer criar uma fundação com capital inicial de R$ 2,5 bilhões de reais para promover políticas de combater a corrupção. O dinheiro já está disponível (propina) e é fruto de um acordo entre autoridades americanas dos Estados Unidos da América (EUA) e da Petrobras. Segundo políticos, economistas, este dinheiro é fruto de uma propina que a Lava Jato recebeu dos americanos para entregar a Petrobras e mais informações estratégicas e acabar com a nossa soberania. Para o ministro Marco Aurélio, "os Procuradores da Lava Jato já recebem um bom salário, além de que seria muito dinheiro para combater políticas de corrupção e haveria necessidade do Congresso Nacional aprovar este tipo de acordo". As declarações do ministro Marco Aurélio, somada a reação da sociedade, de parlamentares, juízes e advogados, obrigou a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, a tomar providências para suspensão desse acordo maluco e até inconstitucional, que ao meu ver, veio muito tarde, em se tratando de envolvimento de órgão público e autoridades do exterior, sem conhecimento e aprovação de autoridades brasileiras.

Coisas do Cotidiano

• Quero agradecer o apoio de divulgação pelo Jornal Noroeste e pelos inúmeros amigos das Redes Sociais, da minha entrevista sobre meningite, com grande repercussão. Os objetivos foram alcançados e esclarecedores desta grave doença, ficando bem claro que a medicina é sempre preventiva e que  a vacinação na rede pública é a melhor proteção. Estarei sempre a disposição para esclarecimentos. Grato;

• Massacre em Escola de Suzano, grande São Paulo, com a morte de vários alunos, funcionários e tio de assassino, vitimados por dois  ex alunos, que também acabaram se matando, traz a tona a questão de armar a população sem um pleno debate. Autores do massacre usaram revólver, arco e flecha e machado e haviam postados poucas horas do ataque, fotos com uma máscara de caveira e arma. O senador Major Olímpio (PSL-SP) disse: "se professores, funcionários, estivessem armados dentro da escola, poderiam ter amenizado esta tragédia". É brincadeira nós termos que ouvir num momento difícil como este,  palavras  medíocres de um senador da República;

• Dias Toffoli, do STF, vai processar o procurador Diogo Castor, da Lava Jato, que afirmou que o STF vem ensaiando um golpe contra a Lava Jato, transferindo julgamentos para a Justiça Eleitoral;

• RIOTUR comunicando que os turistas gastaram no carnaval no Rio de Janeiro o equivalente a  R$ 3,78 bilhões de reais. Esse dado é importante para que o brasileiro veja  por quais razões se investe tanto dinheiro no carnaval do Rio de Janeiro;

• Coordenadora morta na chacina na escola de Suzano (SP) era a favor do "o porte de livros", ou seja, livros era a melhor arma para o cidadão;

• Queda do Boeing 737 Max 8 na Etiópia e na Indonésia, matando mais de 300 pessoas, faz a Gol  e outras companhias suspenderem os  vôos com este tipo de aeronave; 

• A visita de Bolsonaro a Trump é para consolidar sobre a base de Alcântara que o Brasil cedeu aos Estados Unidos. Agora, os Estados Unidos poderão lançar foguetes, mísseis, etc. daquele local. E os Estados Unidos mais perto para atacar a Venezuela. Já perdemos tantas coisas, a começar pela Embraer. Vendemos a parte boa para a Boeing, que dava dinheiro, que era a produção de jatos, e ficamos com a parte podre, que é a fábrica de aviões cargueiros;

• R$ 1,1 milhão. Este foi o gasto que Jair Bolsonaro  fez  com o  seu cartão de crédito corporativo de presidente em apenas 2 meses.

• Procuradores da Lava Jato de Curitiba, liderados por Deltan Dallagnol, vão ser investigados sobre a criação do fundo com capital inicial de 2,5 bilhões de reais.  Este é o caso que se forem considerados culpados e estivéssemos num país sério, deveriam perder os cargos, profissão e serem presos!

Pedofilia versus Abuso Sexual

Dois temas de ampla discussão em toda a sociedade de nosso planeta, e  a todo o momento ganha destaque pelo envolvimento de  pessoas ilustres, políticos, religiosos, etc. Como é um assunto dos mais amplos, daremos aqui o essencial. Chamamos de Pedofilia, um distúrbio parafílico, ou seja, é um comportamento sexual que não segue a normalidade, como necrofilia (o desejo de fazer sexo com cadáveres), zoofilia (desejo de fazer sexo com animais).  Na pedofilia, a pessoa tem um interesse intenso e persistente de fazer sexo com crianças. A Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1960 classifica a pedofilia como doença e não crime. Como o  seu tratamento é complexo e difícil, exige muitas especialidades. E uma das tentativas no tratamento é evitar que o paciente seja um abusador, ou seja, faça parte do abuso sexual. Já o Abuso Sexual, é crime, de acordo com a Lei 12.015/2009, e é utilizado de forma mais ampla para caracterizar atos de violação sexual em que não há consentimento das outras partes. Fazem parte desse tipo de violência, qualquer prática com teor sexual que seja forçada, como tentativa de estupro, aliciamento, exploração sexual, assédio sexual, importunação sexual. O Código Penal protege as vítimas nos chamados casos de "crimes contra a dignidade sexual". Um dos grandes problemas no abuso sexual, é que a pessoa que sofreu o abuso, muitas vezes não faz a denúncia pelos mais diferentes motivos.

As clássicas moedas de troca entre Executivo e Legislativo começam a funcionar

Aprovar a Reforma da Previdência é uma questão de honra para o governo de Bolsonaro e sua equipe. Não interessa saber se o pobre nunca vai se aposentar, ou se vai receber somente 60% de seus salários quando se aposentar. A verdade é que se criou uma neura no Brasil de que o pobre é o responsável pelo fato do país não crescer. Se falar em Reforma Política, com redução de deputados e senadores, ninguém aceita. Se houver redução salarial destas categorias também ninguém aceita. O pobre é o culpado do país está como está. Em função de tudo isso, a Reforma da Previdência tem que ser aprovada,  nem que seja na marra. Como os nossos parlamentares são movidos a dinheiro, não se importando com a opinião pública, o governo já acenou para eles a famosa moeda de troca: "toma lá dá cá". Vote na Reforma que você, seu Estado, seu município vão receber uma grana preta.  O governo já disse que tem R$ 3 bilhões de reais para negociar. Já negociou R$ 1 bilhão. Eu pergunto: quem vai ler as propostas ou apresentar emendas? Um ou outro, ou mesmo o partido aliado poderá fazer isso pro forma. Aprovada, aprovada, aprovada, aprovada, é assim a que a Reforma vai ser votada. Enquanto o pobre se aposenta com 90 anos, a filha do general não casa no cartório para não perder a aposentadoria do pai.  Pode ser que haja um movimento dos servidores públicos, que também vão se ferrar na reforma, na tentativa de tumultuar a votação. Mas que fique claro tudo isso aí: a votação e aprovação da Reforma da Previdência  como está, ficará para o futuro de se encarregar, mais uma vez, de mostrar ao povo brasileiro que decididamente somos uns trouxas, continuaremos a votar nesses abutres da política brasileira e fim de papo.

ENTRELINHAS

***"Aqui se faz aqui se paga". Este é o lema da bancada evangélica na Câmara Federal, que teve forte influência na eleição de Bolsonaro, praticamente obrigando seus fieis seguidores, comandados por Crivella, Malafaia e Edir Macedo a votarem no capitão. Mas Bolsonaro tem feito corpo mole com a bancada, não atendendo ao grupo em seus mais diferentes pedidos, como a transferência da Embaixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém.  Como a bancada evangélica ameaçou em não apoiar a Reforma da Previdência, Bolsonaro imediatamente já acenou com verbas, cargos, etc., e a bancada já respondeu prontamente de dar total apoio a referida reforma.***Ontem 14 de março, fez um ano que a vereadora Marielle Franco foi assassinada por fazer críticas pesadas à polícia do Rio de Janeiro. Com a prisão de dois suspeitos, uma série de comentários tem surgido. "O Diário de Notícia", de Portugal, por exemplo, acha muita coincidência o fato de que Ronnie Lessa, acusado dos disparos, morasse no mesmo condomínio de Bolsonaro. Outra coincidência, segundo o jornal, seria o fato de Lessa ter uma filha que namorou Carlos Bolsonaro, filho do presidente. E o suspeito de dirigir a viatura  de onde saíram os tiros, foi  fotografado abraçado com o chefe de Estado.*** "Saber quem apertou o gatilho e matou  Marielle não é o suficiente. É importante  que a sociedade saiba também quem são os mandantes da morte de  Marielle. Eis a questão!" (Opinião popular).