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Pingos e Respingos


Por: Dr. Juarez de Oliveira
Data: 26/03/2021
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Opinião do Blog

STF decide que Moro foi parcial em processo contra Lula e acirra a disputa eleitoral para 2022.

Em 2018, a ministra Carmen Lúcia, do STF, votou a favor de Sérgio Moro entendendo que o ex juiz era dono da verdade, de uma moral ilibada e tinha totais condições e saber jurídico para decretar a prisão de Lula. Com certeza, naquela oportunidade Carmen Lúcia não tinha conhecimento das revelações dos diálogos da Vaza Jaro, que expuseram as conversações entre Moro e membros da operação Lava Jato. Acontece que de lá para cá, muitas  verdades comprovadas vieram à tona e a ministra não teve outra saída a não ser rever o seu voto e votar pela atitude de parcialidade de Moro naquele processo, o que já  era de domínio público pois  os interesses do ex juiz era  prender Lula para que ele  não concorresse as eleições de 2018, que com certeza, venceria fácil aquele pleito. Foi uma perseguição implacável, uma parcialidade sem tamanha, a ponto do atual presidente Bolsonaro afirmar que " Sérgio Moro foi o seu grande cabo eleitoral e responsável direto pela sua eleição." Dessa forma, dos cinco membros da segunda turma, votaram pela suspeição do ex juiz, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Carmen Lúcia. Contra a suspeição votaram Edson Fachin e Kássio Nunes Marques.  Na realidade, Nunes Marques não votou a favor de Moro, mas sim, para proteger o seu padrinho Bolsonaro, tentando tirar Lula da jogada política, evitando um confronto com o petista no próximo ano, o que será inevitável. A defesa de Lula sempre afirmou que  a atuação de Moro contra Lula era pura motivação política e citou a condenação do ex presidente sem provas, divulgação de uma conversa particular entre Lula e Dilma, a divulgação de  uma delação premiada  do ex ministro petista Antonio Palocci, na semana das eleições, confirmadas pela ministra Carmen Lúcia ao justificar o seu voto. -  

Em nome do ajuste fiscal, pressionado por Bolsonaro, Congresso corta verba da Saúde, Educação, Meio Ambiente, Censo e aumenta verba para os militares

Meu Deus, que absurdo! É um desdém, uma zombaria, um escárnio, uma humilhação contra este sofrido povo brasileiro. Trata-se de uma vergonhosa proposta contida no orçamento de 2021 que o Congresso irá discutir (???) e votar em breve.  Em plena pandemia, será uma tragédia sanitarista, o governo retirar verbas da Saúde, destinado-as aos parlamentares e as Forças Armadas. A Saúde nunca precisou de tanta ajuda como agora, em pleno colapso, para compra de oxigênio, medicamentos para as UTIs. Medicamentos hospitalar, a vacinação em massa, que tanto necessitamos para frear o novo coronavírus.  O Meio Ambiente, todos nós sabemos das queimadas e desmatamentos que aconteceram e vem acontecendo no país, chegando a ser dispensado inúmeros profissionais do setor pela falta de verba que, pelo jeito, deverá continuar este ano. Na Educação, os cortes de verbas para as universidades federais, institutos, centros de pesquisas, apoio a educação básica e outros setores, simplesmente inviabilizarão inúmeros projetos fundamentais para a melhoria e crescimento cultural de nossos jovens.  Quaro ao Censo, que não foi realizado o ano passado, corre o risco de também não ser realizado este ano pela drástica redução em seu orçamento.  O duro de tudo isto é você saber que 22% dos investimentos totais irão para o Ministério da Defesa. Também os parlamentares tiveram uma boa injeção de dinheiro em suas emendas. Ainda vale a pena informar, que neste projeto orçamentário para 2021, haverá a redução de diversos serviços públicos, trazendo prejuízos incalculáveis para os servidores.

Coisas do Cotidiano

• Dá para acreditar?  Presidente Bolsonaro entrou com uma ação no STF contra os governadores por terem tomado medidas restritivas   para diminuir a circulação de pessoas e do novo coronavírus.  Bolsonaro não gostou por entender que era uma prerrogativa dele. Mas o STF apenas ratificou uma decisão anterior e deu ganho de causa aos governadores;

• Oficiais militares incomodadas com as falas de Bolsonaro - E o presidente continua incomodando os altos escalões das Forças Armadas ao ameaçar em colocar tais forças em defesa de suas bandeiras, desde o início de seu governo.  Sempre que se vê acuado, o presidente faz esse tipo de ameaça, comentou o oficialato; 

• Reino Unido - Testando Dexametasona (corticóide) e Tocilizumabe (antinflamatório usado na artrite reumatóide) para os casos mais simples de Covid-19 ou ainda naqueles que já receberam a vacina ou naqueles que tem pouca imunidade. Os resultados iniciais têm sido promissores;

• Volkswagen suspende a produção de seus veículos no Brasil temporariamente por causa da pandemia;

• Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) em 2020 - Licitaram compra de mais mil e duzentas toneladas de filé mignon, no valor de R$ 48 milhões. Neste mesmo período, ainda foram abertos processos de compra de 439 toneladas de salmão no valor de R$ 18,6 milhões. Entre outros produtos alimentícios ainda foram comprados 700 toneladas de picanha e 80 mil litros de cerveja.  É evidente que tudo isso foi pago com o dinheiro do povo;

• Desigualdade Social - A pandemia mostrou aos brasileiros e ao mundo, as grandes desigualdades sociais existentes entre nós. Para se ter uma ideia, em São Paulo, em 2020, a Covid-19 matou mais negros e pobres do que brancos. Motivos: Negros e pobres moram em periferia, com aglomerações, falta saneamento básico e com pouco acesso ao sistema de saúde; 

• Sem Internet: alunos e professores. Presidente veta projeto para o governo federal fornecer Internet à alunos e professores da educação básica de educação, que neste momento, seria de extrema importância. Alega o presidente que não há verbas para isso;

• Ministério da Saúde entupido de militares - Por entenderem de logísticas, segundo Pazuello e Bolsonaro, encheram aquele ministério de oficiais militares. De tanta logística, deixaram faltar oxigênio, medicamentos básicos para entubação, vacinas, seringas, máscaras, atrasos de pagamentos à profissionais e contribuíram para colapsar a saúde no país; 

• Bolsonaro desesperado com a volta de Lula - Para o jornalista Jânio de Freitas, o ressurgimento de Lula no cenário político, prestigiado até pela CNN Americana e outras emissoras internacionais, deixou o presidente na maior tensão e descontrole exibido até agora. Até nas redes sociais Bolsonaro vê o crescimento de Lula;

• Culto em ônibus burla a lei - Em São Paulo. o pastor Eduardo Silva, da Igreja Evangélica Ministério Aviva, alugou um ônibus para realizar um culto., aglomerando pessoas no interior do veículo. O vírus agradece a sua idiotice pastor!

• Discurso de Mea Culpa - Bolsonaro, que continua pressionado pelo efeito Lula, fez um discurso na última terça feira, que não vale a pena nem repetir, de tantas mentiras.  Enquanto falava, estourou um panelaço nunca visto pelo país afora.

Por que não se deve misturar álcool e remédio?

Se você faz uso de medicamentos, principalmente aqueles que atuam  em nosso cérebro, tais como ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, estabilizadores do humor, antipsicóticos e outros, você deve lembrar que o álcool é uma substância que atua em nosso sistema nervoso central  e que parte das alterações de comportamento que as pessoas tem ao ingerir álcool, tem a ver com as ações dele em nosso cérebro.  Os pesquisadores costumam explicar que o álcool é uma substância depressora de nosso sistema nervoso, já que ele pode diminuir nossos reflexos e nossa velocidade de tomar decisões. Em doses mais elevadas, o álcool provoca sonolência e a dificuldade de tomar conhecimento do que acontece a nossa volta. Não é à toa que ouvidos diariamente a expressão "beba com moderação." Cada um deve ter o seu limite de beber para evitar problemas. Assim se você está fazendo uso de alguma medicação com efeito no sistema nervoso (um antidepressivo ou um anticonvulsivante, por exemplo)  e resolve ingerir uma bebida alcoólica numa festa, as possibilidades de potencializar o efeito  do álcool é muito grande  e você poderá ficar embriagado ou ter efeitos colaterais, mesmo que tenha ingerido pouco álcool. Evite misturar álcool com tais medicamentos. Precisamos ter cuidado com outros medicamentos como anticoncepcionais, antibióticos, antiinflamatórios e o uso do álcool. Tudo porque o álcool sofre metabolização no fígado e é neste órgão que acontece também a metabolização de diversos medicamentos. O álcool reduz a metabolização dos medicamentos e acaba originando produtos tóxicos dos mesmos, aumentando os efeitos colaterais. Daí a importância de não sobrecarregar o fígado. Como se vê, não existe uma contra indicação absoluta ao uso concomitante de álcool, antibióticos, anticoncepcionais e antiinflamatórios. Mas devemos evitar que isto aconteça, pois há certas substâncias que podem gerar complicações ingeridas com álcool, como Griseofulvina, Cetoconazol, Eritromicina, medicamentos contra a tuberculose, Doxicilina, etc.

Entrelinhas

***Como diz o jornalista Reinaldo: "Jaca cai da jaqueira." Os quatro filhos de Bolsonaro estão sendo investigados por corrupção. O de número  04, o mais novo, nem político é, mas já está contaminado pelas falcatruas  familiar.***Jornalista Miriam Leitão, que apoiou o impeachment de Dilma e a prisão de Lula, confirma: "Bolsonaro é um genocida sim, porque a palavra somente ficou tão  presente entre os brasileiros com as milhares de mortes que estão ocorrendo. Caminhamos para morrer em maior número e de modo mais cruel. Bolsonaro está nos levando para a morte."***Outra jornalista que apoiou o golpe contra Dilma e a prisão de Lula, os dois fenômenos que trouxeram  esta tragédia atual ao país, foi Eliane Cantanhêde, "propõe  camisa-de-força para Bolsonaro."***O cantor compositor Lobão defende a prisão imediata de Bolsonaro. Lobão alega que estamos caminhando para 3 mil mortes diárias.***A jogadora de vôlei Carol Solberg, que já foi advertida por ter apoiado o "Fora Bolsonaro," ao vivo na TV,  voltou a dar uma declaração contundente ao dizer  "é absurdo  o que está acontecendo no Brasil, uma tristeza muito grande, essa incapacidade de governar. Tem sido muito duro manter a cabeça boa." ***Depois de mais de 300 mil mortes pela pandemia, Bolsonaro cria um Comitê Anticovid no Brasil, para fugir das críticas. 

Dr. Juarez de Oliveira


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