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Outubro rosa: câncer de colo de útero, vamos nos prevenir?


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 13/10/2022
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O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama, e recentemente foi incluído o câncer de colo de útero. Já que este é o responsável por ser o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres. Para o ano de 2022, foram estimados 16.710 casos novos, o que representa um risco considerado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres (INCA,2021). Em 2020, conforme dados do INCA, morreram 6.627 mulheres o que faz que este câncer seja a quarta causa de morte entre o público feminino. Portanto, hoje trataremos de falar sobre o câncer de colo uterino, ou câncer cervical. 

         A melhor forma de lutar contra este tipo de câncer é através da informação, prevenção e detecção precoce, pois, devemos ter em mente que a nossa saúde dever ser a nossa prioridade. Se não cuidarmos dela, quem cuidará?

         Infelizmente, as mulheres não procuram se prevenir, o que é uma pena, haja visto que esta doença é de fácil tratamento e cura, deste que seja diagnosticado no começo. O medo, o preconceito, a falta de informação, ciúmes da parte do parceiro, são algumas causas que podem justificar a baixa procura ao serviço de saúde.

          O câncer de colo uterino é causado por um vírus, o Papilomavírus Humano ou HPV. O HPV também é responsável pelo câncer de pênis em homens.

Em algum momento da vida a mulher, ela poderá entrar em contato com ele. A boa notícia é que a grande maioria é eliminada pelo próprio sistema imunológico, ele vem e vai e a mulher nem percebe; agora uma pequena parte desenvolve verrugas benignas, que podem ser localizadas na região anal, oral ou genital, mas 5% delas, não eliminam o vírus sozinha, então, ele causa uma lesão no colo uterino, que evolui lentamente por cerca de 10 anos, transformando-se em um câncer.

         A principal forma de contágio é através da relação sexual, embora possa ser transmitido em menor proporção através da mãe para o feto, ou objetos contaminados.

         Acomete mais mulheres de baixa renda e escolaridade, pois, elas têm maior dificuldade para acessar os exames, e o serviço de saúde.

         Fatores como, início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros sexuais, má higiene, tabagismo, uso de pílulas anticoncepcionais, praticar sexo sem camisinha, ter tido alguma doença sexual transmissível anterior, baixa imunidade, histórico familiar, não realizar o Papanicolau regularmente, podem ser a causa da doença.

         É uma doença silenciosa, porque ela não apresenta sintomas no início, os sintomas só aparecem numa fase avançada da doença. É raro em mulheres de até 30 anos. A mortalidade aumenta progressivamente a partir da quarta década de vida.

         O ideal é descobrir o câncer no início quando ele não apresenta os sintomas, pois, quanto mais cedo descobrir mais fácil e menos traumático o tratamento será.

         Na fase avançada a mulher pode começar a sentir os sintomas que podem ser sangramentos menstruais irregulares; dor e sangramento durante a relação sexual; dor no repouso e no baixo ventre; aperto na região do baixo ventre; corrimento de cor escura com odor forte e desagradável; em casos ainda mais avançados a paciente pode ter fortes dores pélvicas; anemia; dor na região lombar e abdominal; obstrução das vias urinárias e intestinal; perda de apetite e de peso.

         Como se prevenir?

         Faça seu preventivo de câncer que é mais conhecido como Papanicolau com regularidade. O exame é capaz de detectar lesões numa fase precoce da doença.

         Trata-se de um exame rápido e indolor, onde o profissional de saúde introduz um aparelho chamado espéculo no canal vaginal, para que ele possa visualizar o colo de útero, e com a ajuda de uma escovinha e uma espátula de madeira, delicadamente, promove uma escamação da superfície externa e interna do colo de útero; feito isso, ele coloca as células colhidas numa lâmina de vidro, que é levada para a análise. O desconforto não é nada, comparado aos benefícios que este exame pode trazer.

         O exame deve ser feito anualmente, partir do momento que a mulher começa a ter relações sexuais até os 64 anos de idade. A gravidez não é impedimento para realizar o exame.

         Porém, não é apenas fazer o exame, é preciso retornar para pegar o exame, e mostrar para o médico.

         Use camisinha pois, além de prevenir o HPV, ela ajuda a prevenir contra o HIV e DSTs.

         Vacine seus filhos contra o HPV, não dê ouvidos a fake News, a vacina é segura e está disponível na rede pública. O Ministério da Saúde disponibiliza para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a14 anos. A vacina protege contra os tipos 6, 11 que causam verrugas genitais e 16 e 18 responsáveis pelo câncer de colo de útero.

         Imagina uma geração sem Câncer de Colo de Útero, então vacine seu filho.

         Portanto, vá ao médico regularmente, faça seu preventivo, use camisinha, tenha bons hábitos de higiene, pare de fumar, e tenha uma boa qualidade de vida. Priorize a sua saúde.

         Informe-se. Vacine-se. Faça o exame.

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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