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O Perigo do movimento antivacina


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 11/09/2020
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Triste ver crescer em meio a uma pandemia, um movimento de negacionismo à vacinas, que cresce e se alastra, feito uma erva daninha e, tem feito a cada dia, mais simpatizantes.

Esforços em todo mundo para criar uma vacina segura e eficaz têm sido  realizados. O diretor geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que, “A OMS jamais vai recomendar uma vacina que não seja comprovadamente segura e eficaz.”

Campanhas de vacinas têm salvado, as vidas de milhões de crianças em todo o mundo e aumentado a expectativa de vida das pessoas. Prova disso é olharmos o histórico das vacinas.

Antigamente, quando não havia vacinas a mortalidade infantil era altíssima, as mães tinham vários filhos, mas nem todos sobreviviam, morriam antes de completar 5 anos de idade, porque existia as doenças de infância: catapora, rubéola, poliomielite, sarampo, caxumba. Doenças benignas, mas que quando evoluíam para forma grave, podia trazer complicações sérias como paralisia infantil causada pela poliomielite ou o sarampo que podia causar encefalite, pneumonias e até a morte. 

Mas, tudo mudou com o surgimento das vacinas, as doenças aos poucos, foram desaparecendo e a mortalidade infantil, diminuiu de forma repentina. Para o médico Drauzio Varella, “as vacinas foram o maior avanço da medicina no século 20.”

Qual é o papel das vacinas? Elas não curam. As vacinas agem de forma preventiva, elas evitam que a doença se desenvolva, e se ela  porventura vir a  se desenvolver, que seja de forma mais branda ou leve.

Mas o que leva os pais tendo uma vacina segura, eficaz e gratuita, a não vacinar os seus filhos?

É com muita preocupação que vemos que a cobertura vacinal, tem diminuído muito em todo o país e doenças que estavam erradicadas, como o sarampo, estão ressurgindo. Ou seja, doenças que tinham altas coberturas vacinais, estão aparecendo novamente.

Agora, imagine um mundo sem vacinas, onde doenças que estavam erradicadas voltam aparecer, crianças que não podem jogar bola, por que o vírus da poliomielite o impede de jogar, mães que trazem a luz, filhos com más formações fetais, por causa da rubéola. Que triste quadro. E pensar que tudo poderia ser evitado.

Agora, continue a imaginar, e se a vacina contra o coronavírus não fosse criada, ou aceita. Teríamos nossa liberdade regrada e devolvida aos poucos, a conta gotas, teríamos que aprender a conviver com o vírus e sempre obedecendo às orientações e recomendações do ministério da saúde, e a cada ano, enfrentaríamos novas ondas ou surtos da doença, e consequentemente, mais mortes ocorreriam.

Ora, sem a vacina, dificilmente sairemos desta.

Para Rodrigo Stabelli, pesquisador e cientista da fundação Osvaldo Cruz, estamos enfrentando “a maior crise da humanidade contemporânea”, e não se trata apenas de uma crise de saúde, mas de uma crise social e econômica. Portanto devemos confiar na ciência, ela pode nos ajudar neste momento. Mas também devemos ter em mente, que não existe solução mágica e rápida para problemas difíceis. A ciência precisa de tempo, para que possa ofertar uma vacina segura com o mínimo de efeitos adversos, e isso leva tempo.

 Não negue a vacina. Não dê ouvido a falsas notícias e boatos infundados. Tome a vacina sem medo, confie na ciência, lembre-se que, quanto mais pessoas tomarem, mais protegidos estaremos.

Por tudo isso, vacine seus filhos, vamos manter as taxas de coberturas vacinais altas, e quando chegar a vacina contra o novo coronavírus, não deixe de toma-la. 

Juntos, venceremos essa doença.

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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