Por Professor Vaudenir Pereira Dias

O dia 21 de setembro é lembrado como o “dia da Árvore”, e nesta data, instituições públicas e privadas, sobretudo, Escolas, Universidades, ONGs, Secretarias do Meio Ambiente entre outras, buscam de certa maneira tecer homenagens ou qualquer ritual que evidencie a importância desse ser. No reino vegetal, as Árvores ocupam um cenário de privilégio, visto que, muitas delas se destacam pela beleza, pelo fruto, pela imponência, pela fragrância etc. Portanto, esses e outros fatores mostram o quanto elas são importantes para manutenção e preservação do ecossistema terrestre.

          Uma das funções desse vegetal, está na realização da fotossíntese que é a síntese de um corpo químico, de substâncias orgânicas (glicídios), subsidiada pela luz solar, servindo como fonte de energia, pelos vegetais clorofílicos: é por ela que a energia proveniente do sol é introduzida nos grandes ciclos bioquímicos do nosso planeta. O sequestro de carbono é outra função importante desse vegetal, pois essa ação ocorre pela a capitação do CO,2 que fica suspenso na atmosfera e ao fazer isso, a planta transforma e devolve oxigênio a atmosfera.

A evapotranspiração é a soma da evaporação e transpiração da água contida na superfície terrestre. Nesse caso, no processo de transpiração, as árvores liberam nas superfícies de suas folhas, moléculas de oxigênio e hidrogênio que se transforma em vapor d’água que são exauridos para a atmosfera. Devido a grande quantidade de árvores na região amazônica esse fenômeno é responsável pela formação das massas de ar úmidas, que por vez, contribuem na formação dos rios voadores dos quais são vistos como a principal causa de chuvas nas regiões Centro-oeste, Sul e Sudeste do Brasil, principalmente em períodos de verão quando as temperaturas são mais elevadas.

De acordo com o site de notícias https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/ . A professora e pesquisadora Suzanne Simard, da Universidade da Columbia que busca analisar as questões ecológicas, apresentou no XXV Congresso Mundial da IUFRO uma de suas teses pela qual defende que “as Árvores se comunicam”, e ao fazer isso, esses vegetais reconhecem as espécies da mesma família fornecendo carbono uma a outra.

Em busca do saber empírico, conversando com um amigo de longas datas, e em homenagem a ele que é um ecologista pela sua vivência, morador na área rural do município de Uniflor PR, Antônio Ferreira de Almeida, também acredita que há uma comunicação entre as Árvores. Usufruindo desse mesmo pensamento, como pesquisador e observador da natureza, em tese, ponderamos que essa comunicação pode ser possível uma vez que a população da mesma espécie esteja agrupada no mesmo espaço geográfico e a concorrência com outras espécies não sejam tão acirradas.

Para além das funções biológicas e atmosféricas as Árvores também cumprem um “papel” importante na vida humana, servindo de alimentos com os seus frutos, e matéria prima na fabricação de moveis e acabamentos imobiliários, bem como, ornamentação e sobras nos espaços urbanos. Uma cidade arborizada tende a reduzir até oito graus celsos na temperatura ambiente, garantido conforto e beleza a população urbana.

Por essa razão, nesse dia 21 de setembro lembrado como o “dia da Árvore”, levamos os nossos alunos do Colégio Costa Monteiro a refletir acerca da importância desse vegetal na manutenção do clima e do ecossistema terrestre. Nessa ocasião, alunos do 6ª ao 9ª tiveram a oportunidade de participar ouvindo e perguntando a respeito da importância das Árvores em todo o seu contexto. Além das explicações dadas por mim (professor Vaudenir) contamos também com a participação da diretora Maria Sueli de Azevedo, na qual trouxe uma mensagem ressignificando a importância das Árvores como vegetal imprescindível na manutenção dos ecossistemas terrestre, bem como, possibilitando uma melhor qualidade de vida ao homem e outras espécies de vidas animais.

Como um gesto de cidadania e compromisso ambiental, os alunos plantaram no quintal desse colégio já citado, um pé de Ipê Amarelo, que por sua vez suas flores amarelas representam a flora brasileira. Estando essa árvore adulta, acreditamos que será um legado para geração futura que certamente estudarão nessa escola. A saber, que nesse mesmo local, há, algumas árvores adultas de grande porte, entre elas: Sibipiruna e Pau-Brasil, ambas servem de acampamentos para os professores que aspiram sair da rotina de sala de aula.

Plantar árvores, representa nesse caso, civilidade, cidadania e empatia. Pois não estamos pensando apenas em nós, mas em todos. Ou seja, em nossa futura geração, nos diferentes animais entre eles, insetos que habitam e coabitam nesses ambientes arbórios. Para tanto, a educação escolar nesse sentido, sintetiza aquilo que Loureiro (2012) diz acerca da Educação Ambiental, pondera que esta é uma práxis educativa. Portanto, esses são preceitos básicos e fundamentais quando a intensão está na busca da sustentabilidade ambiental.

Diante do exposto, estamos convencidos que a escola, ao buscar cumprir sua função social, dá ao aluno a oportunidade de escrever um novo conceito de sociedade. Por isso, elevamos os nossos discentes a condição de cidadãos ecológicos, não por eles serem, mas pelo despertar da consciência de cada um deles e com a certeza que eles lutarão por um mundo ambientalmente sustentável. Nesse sentido, corroboramos com SAVIANI (2008), quando diz que escola é um espaço de humanização. Dessa maneira, o nosso objetivo é conduzir os nossos alunos a pensarem em um mundo ambientalmente sustentável e socialmente humanizado, por isso, ovacionamos a civilidade de cada um deles ou delas pelos simples gestos de plantarem uma árvore no quintal da nossa escola.

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