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Glaucoma: uma doença silenciosa e traiçoeira


Por: Ana Maria dos Santos Bei Salomão
Data: 13/04/2022
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Estamos no mês de abril, mês que acontece o Abril Marrom, que tem como objetivo, prevenir e combater às diversas espécies de cegueira. Hoje, falaremos um pouco do Glaucoma, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença é a principal causa de cegueira irreversível no mundo; e é a segunda causa entre todas as formas de cegueira, perdendo apenas para a catarata, que é reversível e tratada com cirurgia.

            O Glaucoma é uma doença degenerativa, que se não for tratada a tempo pode causar cegueira. É considerada uma doença traiçoeira e silenciosa, porque ela é imperceptível no início, não doí, não coça, não arde, não incomoda, o portador só percebe algo errado, quando está em um estágio muito avançado da doença.

 Mas, o que vem a ser Glaucoma? É quando acontece uma elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo óptico, comprometendo a visão. O nervo óptico é o responsável por levar a informação dos olhos para o cérebro, quando lesado leva a atrofia das fibras desse nervo, o que leva à perda das informações. As alterações na visão acontecem lentamente e gradualmente, inicialmente a visão central é preservada, o portador vê as coisas a sua frente, mas, vai perdendo aos poucos a capacidade de ver ao redor do seu campo de visão, e se não for tratado a tempo corretamente, vai evoluindo, de forma lenta e progressiva, até resultar finalmente na cegueira total.

A pressão aumentada nos olhos não é a única causa, fatores como idade superior a 40 anos e mais; história familiar; miopia elevada e diabetes; uso excessivo e prolongado de colírios e medicamentos à base de corticoides; etnia asiática ou afrodescendentes, estes têm maior probabilidade de desenvolver à doença; hipertensão arterial e ou doenças cardíacas; lesões físicas ou traumas nos olhos; e inflamações oculares, podem levar ao glaucoma.

A melhor forma de prevenir, é indo ao oftalmologista anualmente e fazer os exames indicados por ele, pois, o glaucoma como já disse é uma doença silenciosa, que aos poucos vai diminuindo o campo de visão e a pessoa não percebe. Quando se dá conta já é tarde. E uma vez que há lesões, ela não se recupera, não tem como recuperar o que se perdeu, por isso, é tão importante descobrir e tratar logo no início, para impedir que ela evolua.

Ele não tem cura, mas, tem tratamento e controle. Do mesmo modo que você controla a diabetes e a hipertensão, você consegue controlar o glaucoma. Ele pode ser controlado através do uso medicamentos que normalizam a pressão intraocular, impedindo assim que a doença avance. O tratamento depende do tipo de glaucoma e podem serem feitos através de colírios, desde que sejam usados da forma correta, cirurgias e uso do laser.

É muito importante não se automedicar, prática tão comum, mas, que pode acarretar sérios problemas na sua saúde ocular. A automedicação é um risco, só quem deve medicar é o seu oftalmologista. Medicamentos devem ser utilizado sob prescrição médica.

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, através de sua cartilha, Prevenindo e Tratando o Glaucoma, lançada em 2019, diz que, a forma correta de administrar colírio é:

1.  Antes de pingar o colírio, lave bem as mãos com água e sabão.

2.  Puxe a pálpebra inferior com o dedo indicador e polegar, e com a outra mão segure o frasco. Para facilitar a aplicação, incline a cabeça para trás. Pingue o colírio sem encostar no bico dosador, para evitar sua contaminação.

3.  Feche os olhos por alguns segundos, pressionando levemente com o dedo indicador o canto nasal do olho. Com a compressão, a absorção através dos ductos lacrimais é reduzida, reduzindo o risco de vazamento do colírio para fora dos olhos.

 

A forma como é usado o colírio é fator relevante para o sucesso do tratamento, uma pesquisa do Journal of Glaucoma, segundo a mesma cartilha que mencionei acima, diz que a pesquisa levantou a estimativa de que nove em cada dez pacientes com glaucoma não conseguem aplicar o colírio devidamente. Entre os participantes que fizeram parte do estudo, alguns deixaram o colírio escorrer pela face, outros fechavam os olhos logo após a aplicação e outros encostavam o recipiente do remédio nos olhos.

Por fim, é possível prevenir e tratar o glaucoma evitando uma cegueira futura, mas, para isso, é necessário que seja diagnosticado e tratado, assim ela pode ser controlada, preservando a visão. Vá anualmente ao oftalmologista e cuide da sua ocular.

Ana Maria dos Santos Bei Salomão

Responsável pela Coluna Saúde em Pauta.


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