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Formação das Ilhas de Calor em centros urbanos: causas e consequências


Por: Alex Fernandes França
Data: 29/08/2023
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As ilhas de calor são um fenômeno climático que ocorre em grandes centros urbanos ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Este artigo explora as principais causas da formação das ilhas de calor, com foco nas emissões de poluentes, pavimentação e urbanização. Além disso, são apresentados exemplos práticos de ilhas de calor em diferentes regiões do mundo. A compreensão desses fatores é fundamental para desenvolver estratégias de mitigação e adaptação para reduzir o impacto negativo desse fenômeno sobre a saúde humana e o meio ambiente.

Nos últimos anos, grandes centros urbanos têm enfrentado um desafio climático preocupante: as ilhas de calor. Esse fenômeno climático se refere à elevação da temperatura em áreas urbanas em comparação com suas áreas circundantes rurais. A formação de ilhas de calor está ligada a uma série de fatores, que vão desde as atividades humanas até as características geográficas das cidades. No entanto, a poluição atmosférica proveniente de fontes como escapamentos de veículos e indústrias, juntamente com a pavimentação e urbanização excessivas, emergem como as principais causas desse fenômeno.

Causas da Formação das Ilhas de Calor

Poluição Atmosférica

A poluição atmosférica é uma das principais contribuintes para a formação das ilhas de calor. Os escapamentos de veículos automotores e as emissões industriais liberam uma grande quantidade de poluentes na atmosfera, incluindo dióxido de nitrogênio (NO2) e partículas finas. Esses poluentes atuam como absorvedores de radiação solar, aquecendo o ar e aumentando a temperatura local. Além disso, reações fotoquímicas entre os poluentes e a luz solar podem levar à formação de ozônio troposférico, que contribui para o aumento das temperaturas.

Pavimentação e Urbanização

A urbanização excessiva resulta na expansão de superfícies impermeáveis, como asfalto e concreto, que absorvem e retêm calor. Esse processo é influenciado pelo conceito de albedo, que se refere à capacidade de uma superfície refletir a luz solar. Superfícies escuras, como pavimentação asfáltica e telhados escuros, têm baixo albedo, o que significa que absorvem mais radiação solar e liberam calor lentamente. Como resultado, áreas urbanas densamente pavimentadas retêm o calor durante a noite, impedindo o resfriamento eficiente e contribuindo para a formação das ilhas de calor.

Exemplos Práticos de Ilhas de Calor

Tóquio, Japão

Tóquio é um exemplo clássico de ilha de calor, onde as altas densidades populacionais, as atividades industriais e a vasta pavimentação resultaram em um aumento significativo das temperaturas urbanas. Durante as noites de verão, a diferença de temperatura entre o centro de Tóquio e as áreas rurais circundantes pode chegar a vários graus Celsius.

Los Angeles, Estados Unidos

A cidade de Los Angeles é outro caso notório de ilha de calor. As temperaturas mais altas são frequentemente registradas em áreas urbanizadas e pavimentadas, como o centro da cidade. As elevadas temperaturas nessa região estão relacionadas às características geográficas, bem como às atividades industriais e de transporte.

As ilhas de calor representam um desafio significativo para a qualidade de vida nas cidades em todo o mundo, incluindo o Brasil. A compreensão das causas desse fenômeno é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de mitigação e adaptação. Reduzir as emissões de poluentes atmosféricos por meio de regulamentações mais rigorosas e promover o aumento da vegetação nas áreas urbanas são passos cruciais para amenizar o impacto das ilhas de calor. Além disso, a adoção de soluções de design urbano que priorizem a permeabilidade do solo e a reflexão da luz solar pode ajudar a mitigar a formação dessas áreas de calor extremo.

Referências Bibliográficas

Oke, T. R. (1982). The energetic basis of the urban heat island. Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society, 108(455), 1-24.

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Alex Fernandes França


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